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Uma nova pesquisa revela que o composto vegetal resveratrol, que é encontrado na semente e na pele da uva, pode inibir a enzima causadora da depressão. As descobertas sobre como este componente afeta os processos neurológicos é tema de um estudo conduzido pela Universidade de Buffalo (UB), nos Estados Unidos.

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“Resveratrol pode ser uma alternativa eficaz aos medicamentos para o tratamento de pacientes que sofrem de depressão e transtornos de ansiedade”, afirma Ying Xu, PhD, autor co-principal e professor associado de pesquisa na Faculdade UB de Farmácia e Ciências Farmacêuticas.

O estudo, publicado na revista Neuropharmacology, também foi liderado por Xiaoxing Yin, PhD, professor da Universidade de Medicina de Xuzhou, na China.

Descobertas

O resveratrol tem sido associado a uma série de benefícios para a saúde. Mas, embora pesquisas tenham identificado que o resveratrol tenha efeitos antidepressivos, a relação do composto com a fosfodiesterase 4 (PDE4), uma enzima influenciada pelo hormônio do estresse corticosterona, era desconhecida.

A corticosterona regula a resposta do corpo ao estresse. Quando há muito stress, há quantidade excessiva deste hormônio circulando no cérebro o que, em última análise, leva ao desenvolvimento de depressão ou outros distúrbios mentais. 

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Os antidepressivos atuais concentram-se na função da serotonina ou noradrenalina no cérebro, mas apenas um terço dos pacientes com depressão entra em remissão completa em resposta a esses medicamentos, explica Ying Xu.

Segundo ele, estudos já revelaram que o PDE4, induzida por quantidades excessivas de corticosterona, causa depressão e ansiedade. O resveratrol, por sua vez, tem efeitos neuroprotetores contra a corticosterona inibindo a expressão de PDE4. Ou seja, esta  pesquisa pode estabelecer as bases para o uso do composto em novos antidepressivos.

Além das frutinhas, o resveratrol também está presente no vinho tinto. Mas é preciso manter um consumo moderado, afinal o álcool em excesso pode acarretar diversos riscos para a saúde e levar ao vício.

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De acordo com a Associação de Ansiedade e Depressão da América, os transtornos de depressão e ansiedade afetam 16 a 40 milhões de pessoas, respectivamente, nos Estados Unidos. Já no Brasil, a depressão atinge onze milhões de pessoas, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e, apesar de menor do que a média norte-americana, o país é o mais deprimido de toda a América Latina.

Estudo completo (em inglês).