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Entenda como o exercício físico é importante para a qualidade do sono

A presença de insônia entre os fisicamente ativos foi de 27,1%, enquanto que dos sedentários foi de 72,9%

Nos dias de hoje, em que a concorrência corporativa e a velocidade de disseminação de informação é cada vez maior, nós, trabalhadores em busca de conquistas pessoais e financeiras, somos obrigados a utilizar o nosso tempo da forma mais eficiente possível.

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Consequentemente, temos menos tempo para cuidar da nossa saúde física, da alimentação e, principalmente, do que nos dá condição de trilhar mais uma jornada de trabalho no dia seguinte: o sono. Muitas vezes precisamos nos privar do sono por causa do trabalho, comprometendo o nosso estado físico e psicológico por falta de descanso.

Para pessoas comuns, a privação de sono já traz grandes danos à saúde, já para um atleta profissional, que depende da sua performance física para viver, essa falta de descanso é extremamente comprometedora.

Quando se trata da adesão ao exercício físico para melhorar a qualidade do sono (o que dificilmente é recomendado, embora seja altamente eficaz) os resultados são bem interessantes. Pesquisadores do Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizaram em 2000 um levantamento epidemiológico da prática de atividade física na cidade de São Paulo. Eles encontraram informações pertinentes ao treinamento físico influenciando o sono.

Mil indivíduos, de todas as regiões e classes sociais, responderam a um questionário específico. Dos resultados encontrados, 31,3% praticavam alguma atividade física, e, 36,4% dessa amostra o faziam com alguma orientação profissional. A presença de insônia entre os fisicamente ativos foi de 27,1%, e de sonolência excessiva de 28,9%.

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Já entre os sedentários, esses números foram ainda maiores, pois 72,9% se queixaram de insônia e 71,1% de sonolência excessiva, supondo que a adesão ao treinamento físico tem influência direta na qualidade do sono. Dentre os sedentários, outros sintomas como ronco, apnéia (interrupção da resporação) e sono fragmentado também conferem entre as queixas.

A recíproca – Aumento da quantidade (número de horas dormida) e qualidade do sono (contínuo) objetivando potencializar os ganhos e a assimilação do estímulo físico do treinamento físico – também é verdadeira. O maior gasto energético, promovido por exercício físico vigoroso, aumenta a necessidade de um maior período de sono para a recuperação total do esforço.

Nas três primeiras fases do sono, que se iniciam sob a indução da melatonina, ocorre economia de energia (reduções da frequência cardíaca e respiratória, temperatura corporal e relaxamento muscular), a reconstituição dos tecidos, o aumento da massa muscular (processo conhecido por anabolismo) e a secreção do hormônio do crescimento (GH). Na quarta e última fase, também conhecida por REM (sigla em inglês para movimento rápido dos olhos), dá-se a consolidação do aprendizado e da memória. Se acordamos de madrugada, podemos rapidamente atingir novamente o sono profundo.

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Se você possui problemas com a qualidade do seu sono, busque ajuda profissional.

Por Anderson Lopes – Discovery Esportes