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Dezembro Laranja: como prevenir e identificar o câncer de pele?

Especialistas listam cuidados para prevenir a doença e alertam para os sinais que merecem atenção

Published 13/12/2023
sol protetor solar

Foto: iStock

O verão chegou e com ele o tão esperado momento de curtir os dias ensolarados no Brasil. Esta época do ano é realmente uma delícia, mas também traz alguns alertas: o sol não só pode causar envelhecimento e queimaduras na pele, mas é também um dos fatores de risco para o câncer de pele.

A incidência dos raios solares tem uma relação muito estreita com o câncer de pele não melanoma. “As pessoas que se expõem ao sol por longos períodos, especialmente aquelas de pele, cabelos e olhos claros, constituem o grupo de maior risco de ter este tipo de tumor”, avalia o dermatologista Dário Rosa.

Estimativas publicadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que, entre 2020 e 2022, o Brasil terá cerca de 177 mil novos casos de câncer de pele, sendo 83.770 em homens e pouco mais de 93 mil em mulheres.

Entre os principais fatores de risco estão a exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente, na infância e adolescência, histórico familiar, pessoas com pele e olhos claros e cabelos ruivos e loiros.

Foto: Pixabay

Tipos de câncer de pele

“Há diversos tipos de câncer de pele e os três mais comuns no Brasil são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, sendo esse último o mais grave, com risco de desenvolver metástase e podendo levar o paciente a óbito. Cabeça, pescoço, ombros, braços e dorso da mão estão entre as áreas mais comuns a serem afetadas pelo câncer de pele, já que estão mais expostas à radiação solar”, explica Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

No Brasil, três tipos de câncer de pele são mais comuns:

Como prevenir o câncer de pele?

A exposição ao sol na infância merece muito cuidado. Foto: Pixabay

Algumas medidas simples ajudam a reduzir o risco de câncer de pele. Além de evitar o sol entre 10h e 16h, é muito importante usar corretamente o filtro solar e combinar este hábito com proteções físicas como roupas e chapéus. Veja algumas dicas:

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento. Para facilitar a análise de alterações em lesões ou pintas, Dr. Amato orienta os pacientes a seguir o método conhecido como ABCDE:

Feridas que não cicatrizam depois de três semanas ou que sangram facilmente também devem ser investigadas.

É preciso prestar atenção aos sinais na pele e se consultar com dermatologistas regularmente. Foto: Pixabay

Geralmente, o dermatologista é quem faz a suspeita do diagnóstico pela dermatoscopia, exame realizado com lente de aumento, sendo necessário o estudo anatomopatológico para definição do diagnóstico.

Dependendo do local onde está a lesão, no caso de regiões do corpo mais delicadas e expostas, como a face, por exemplo, o paciente é encaminhado para o cirurgião plástico, que faz a remoção e reconstrução se necessário.

“A cirurgia do câncer de pele é muito variada, pode ser desde a remoção de um sinal, como a reconstrução inteira do local onde está a lesão e, muitas vezes, essa reconstrução é feita por etapas. Apenas os especialistas envolvidos poderão fazer a análise e a indicação mais apropriada para cada paciente”, explica Dr. Fernando Amato.

Acompanhamento

No caso de melanoma, é preciso que o paciente faça uma rotina de acompanhamento, após terminar o tratamento, já que existe o risco da doença voltar. O acompanhamento envolve consultas com equipe multidisciplinar, envolvendo dermatologista, cirurgião plástico e oncologista, nos cinco primeiros anos após o diagnóstico da doença. “O paciente pode ajudar nesse rastreamento pós-operatório com o autoexame, identificando novas lesões suspeitas, alterações na cicatrização, e até aumento dos linfonodos.”, acrescenta Dr. Amato.

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