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Estudos alertam sobre alimentos para bebês com alto teor de açúcar

Foram analisados quase oito mil produtos, que são vendidos para bebês e crianças pequenas.

Por ONU

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A nutrição adequada para recém-nascidos na primeira infância é fundamental para o desenvolvimento e a boa saúde na vida adulta, de acordo com a diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa, que lançou dois novos estudos na última segunda-feira (15).

Os estudos da OMS Europa mostram que uma alta proporção de alimentos para bebês é incorretamente comercializada como adequada para crianças com menos de 6 meses, quando, na verdade, grande parte deles contém níveis inadequadamente altos de açúcar.

A recomendação de longa data da OMS especifica que as crianças devem ser exclusivamente amamentadas nos primeiros seis meses de vida.

Além disso, a Orientação Global de 2016 sobre o Fim da Promoção Inadequada de Alimentos para Bebês e Crianças Pequenas declara explicitamente que não deve haver publicidade de alimentos complementares comerciais para bebês com menos de 6 meses.

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“Uma boa nutrição na infância e na primeira infância continua sendo a chave para garantir o crescimento e desenvolvimento ideais da criança e melhores resultados de saúde na vida adulta — incluindo a prevenção de excesso de peso, obesidade e doenças não transmissíveis relacionadas à dieta —, tornando o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 3, que prevê garantir vidas saudáveis ​​e promover o bem-estar de todos, em todas as idades, muito mais viável”, disse Zsuzsanna Jakab.

Quebra de qualidade nutricional

Para determinar quais alimentos são inadequados para crianças entre 6 e 36 meses, a OMS desenvolveu uma versão preliminar do Modelo de Perfil de Nutrientes, que foi submetido aos Estados-membros e outros para avaliação.

A OMS Europa também desenvolveu uma metodologia para coletar dados de conteúdo nutricional de alimentos para bebês em rótulos e embalagens ​​entre novembro de 2017 e janeiro de 2018 em Viena, Áustria; Sofia, Bulgária; Budapeste, Hungria; e Haifa, Israel.

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Com base em 516 lojas e 7.955 produtos vendidos para bebês e crianças pequenas, os dados revelaram que de 28% a 60% dos produtos nas quatro cidades foram comercializados como adequados para bebês com menos de 6 meses.

Embora isso seja permitido pela legislação da União Europeia, vai contra o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno da OMS e o Guia da OMS.

“Os alimentos para lactentes e crianças pequenas devem obedecer a várias recomendações nutricionais e composicionais estabelecidas”, disse João Breda, chefe do Escritório Europeu de Prevenção e Controle de Doenças Não Transmissíveis da OMS. “No entanto, há preocupações de que muitos produtos ainda possam ter muito açúcar”.

Além disso, em três das cidades, mais de 30% das calorias da metade ou mais dos produtos provinham dos açúcares. Cerca de um terço do açúcar listado, suco de frutas concentrado ou outros agentes edulcorantes como ingredientes podem afetar as preferências de gosto das crianças por alimentos mais doces.

Embora alimentos como frutas e vegetais que contêm naturalmente açúcares sejam apropriados para bebês e crianças pequenas, o nível muito alto de açúcares livres em produtos comerciais é motivo de preocupação.