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Cresce 75% o número de brasileiros que se declaram vegetarianos

Levantamento mais recente do IBOPE indicam o aumento exponencial de pessoas que deixam de consumir carne animal.

alimentos vegetarianos
Foto: Maddi Bazzocco | Unsplash

Respeito pela vida animal, conscientização ambiental e busca por uma alimentação saudável e livre de riscos são os principais argumentos que pautam a existência do movimento vegano e vegetariano, que tem adquirido cada vez mais adeptos, inclusive provocando um impacto socioeconômico positivo, com o surgimento de novos mercados especializados, que atendam esse público desde a alimentação até a vestimenta, passando por produtos cosméticos, de higiene, farmacêuticos e diversos itens produzidos sem nada de origem animal.

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Um estudo da Allied Market Research aponta que o mercado vegano foi avaliado em US$ 19,7 bilhões em 2020, apresentando expectativa de crescimento para mais de US$ 36,3 bilhões até 2030. Um levantamento encomendado pela CNN Brasil ao Ministério da Economia aponta que nos últimos 10 anos aumentou em 500% o número de empresas abertas com o termo “vegano” no nome.

“Entendemos que a conscientização e a decisão por deixar de consumir produtos de origem animal é um processo lento, que enfrenta fatores culturais, hábitos e conceitos arraigados, e essa mudança acontece aos poucos. Mas, percebemos que muitas pessoas têm diminuído o consumo de carne e já fazem questão de adquirir produtos que não tenham sido testados em animais”, diz Ricardo Laurino, presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

Segundo levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC) em 2021, 46% dos brasileiros já deixam de comer carne por vontade própria pelo menos uma vez por semana. O estudo mais recente sobre o tema, realizado pelo IBOPE Inteligência em 2018, revela que 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos. Esse número representa um aumento de 75% em relação ao mesmo levantamento feito em 2012.

Consumo de carne e crise climática

Estudos internacionais revelam que a produção de carne e laticínios é responsável por 60% das emissões de gases do efeito estufa da agropecuária. A criação de animais ruminantes afeta o meio ambiente de diferentes formas e está diretamente ligada às emissões globais. O gado, por exemplo, libera grandes quantidades de gás metano da atmosfera, um poluente 21 vezes pior do que o CO2. Além disso, o desmatamento gerado para manter a pecuária e a agricultura em larga escala, colabora para a perda de florestas que atuam como importantes pontos de armazenamento de carbono. Sem contar o impacto na biodiversidade local.

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 “Hoje, o veganismo por meio de uma nova relação com os animais impacta em outras questões importantes da nossa vida”, conclui Laurino.