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Tragédia em Mariana – MG deixa rastro de destruição humana e ambiental

O rompimento das barragens ocasionou a liberação de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio ambiente.

Mesmo que as causas sejam desconhecidas, já é possível ver que os impactos serão enormes.

O rompimento das barragens da mineradora Samarco na última semana já é um dos maiores desastres do Brasil nos últimos anos. Além de ter destruído vilas e deixado uma grande quantidade de mortos, o acidente também teve um impacto ambiental que ainda nem pode ser mensurado.

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Um dia após a destruição das duas barragens na cidade de Mariana, em Minas Gerais, a empresa responsável pelas estruturas informou que o rompimento havia resultado no depósito de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio ambiente. O montante seria suficiente para encher 24.800 piscinas olímpicas.

Ainda não se sabe ao certo o que ocasionou o desastre, mas o Ministério Público já descarta a opção de ter sido consequência de fatores naturais. Uma das hipóteses prioritárias é o descumprimento de regras de licenciamento. Outros motivos que passam por investigação é a possível relação com a explosão de uma mina da Vale e também uma obra de expansão que estava sendo feita na barragem.

Ainda não se sabe ao certo o que ocasionou o desastre. | Foto: Corpo de Bombeiros - MG
Ainda não se sabe ao certo o que ocasionou o desastre. | Foto: Corpo de Bombeiros – MG

Mesmo que as causas sejam desconhecidas, já é possível ver que os impactos serão enormes. “O vazamento acarretou soterramento de vegetação, áreas de mananciais e carreamento de sedimentos e assoreamento de corpos hídricos, além dos prejuízos às populações afetadas, impactos evidentes até mesmo pelas imagens”, explicou André Naime, especialista em análise de risco e analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em declaração à Agência Brasil.

Os sedimentos das barragens continuam a se espalhar. A Defesa Civil já está retirando os moradores das cidades de Baixo Guandu e Colatina, no Espírito Santo, devido à chegada da lama à região através do Rio Doce. Isso deve interromper o abastecimento de água e dificultar a chegada de outros serviços essenciais. A área também é importante para a desova da tartaruga gigante. Para evitar danos ainda maiores, o Projeto Tamar, que atua na região, tem retirado os ninhos, transferindo-os para áreas mais distantes da foz.

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As autoridades aguardam liberação da Defesa Civil para avaliar os impactos ambientais e analisar se houve contaminação nos recursos hídricos.

Redação CicloVivo

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