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Pesquisa compara lixo gerado por cápsulas de café e filtros de papel

Transformar em um hábito tomar cafezinho de cápsula pode ser até 14 vezes mais prejudicial ao meio ambiente.

café benefícios
Foto: iStock

Que o brasileiro gosta de um cafezinho pela manhã, nas pausas do trabalho, depois do almoço e para receber um amigo em casa, todo mundo já sabe. Segundo estudo da Euromonitor International, só em 2017 cada brasileiro consumiu em média 817 xícaras de café, o que corresponde a seis vezes a média mundial e 15% do volume global consumido. É o país que mais bebe café no mundo. Mas será que a forma como fazemos uma das nossas bebidas favoritas faz diferença no meio ambiente?

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Pesquisadoras do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) compararam os resíduos gerados pelos filtros de papel e as cápsulas de café disponíveis no mercado e concluíram: no Brasil, tornar um hábito tomar um cafezinho de cápsula pode ser até 14 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que ‘passá-lo’ no coador de papel.

“Consideramos as embalagens das cápsulas, feitas de alumínio e de plástico, e os coadores, constituídos por 100% fibra de celulose. Um brasileiro descartaria por ano cerca de 2,6 kg de plástico e alumínio com as cápsulas para uso individual, contra apenas 183 g de papel no coador para ‘passar’ até 10 cafezinhos”, aponta Cláudia Teixeira, pesquisadora e chefe do Centro de Tecnologias Geoambientais do IPT.

Extrapolando essa média para o país, que em 2017 tinha 207,7 milhões de habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seriam 540 mil toneladas de alumínio e plástico contra 38 mil toneladas de papel, 14 vezes menos resíduo considerando apenas a massa. Só que esse aspecto não é o único e, nem necessariamente, o mais importante para que o café de coador saia ganhando quando o assunto é meio ambiente.

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“O papel é um recurso biodegradável e renovável. Ele não poderia ser reciclado, nesse caso, porque teria resíduos em grande quantidade, mas poderia passar pela compostagem junto com o próprio resíduo de café e gerar adubo, ou outros compostos orgânicos”, explica Cláudia. “Já o alumínio e o plástico não são recursos renováveis. Caso não sejam reciclados, levam muito tempo para se decompor junto ao resíduo comum, além de ocuparem espaço em um aterro, por exemplo”.

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Hoje, algumas empresas fabricantes de cápsulas já disponibilizam sistemas de logística reversa para seus consumidores, o que pode diminuir o impacto das cápsulas no meio ambiente. O consumo de café em cápsulas vem crescendo no mundo. Segundo pesquisa da Euromonitor, foram consumidas 750 milhões de cápsulas em 2015, e o mercado movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão nesse mesmo ano, contra R$ 19 milhões de 2005.

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