Pantanal em chamas: como ajudar?
Além de divulgar em suas redes sociais, você pode contribuir financeiramente para organizações que estão na linha de frente.
Além de divulgar em suas redes sociais, você pode contribuir financeiramente para organizações que estão na linha de frente.
Onças com patas queimadas, antas atoladas, animais encurralados e muito, muito, fogo. Pequenas amostras da situação alarmante em que vive o Pantanal têm circulado nas redes sociais. Concentrado nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal arde em chamas e clama por socorro. Estima-se que 12% do bioma já foram consumidos. A dimensão total, assim como seus impactos, ainda são difíceis de mensurar. Ativistas e voluntários se empenham em proteger, resgatar e recuperar animais enquanto denunciam o descaso do poder público.
Já no primeiro semestre veio o alerta: registrando mais de três mil focos de incêndio, o Pantanal atingiu um recorde histórico em 22 anos. O Observatório Pantanal afirmou que com a seca a tendência era a situação se agravar no segundo semestre. Dito e feito. Esta já é a maior devastação de sua história.
A ONG AMPARA Silvestre, uma frente da Ampara Animal, explica algumas das dificuldades encontradas pelos bichanos: “As antas chamadas de “jardineiras da floresta” por serem um importante dispersor de sementes nos ecossistemas onde habitam, são animais lentos e têm muita dificuldade em conseguir escapar das chamas. Já animais mais ágeis como a onça-pintada, apesar de conseguirem fugir do fogo com mais facilidade, têm suas patas queimadas, inalam a fumaça e têm todo o seu habitat destruído, não achando mais alimentação ou dormitório”.
A ONG encontra milhares de animais silvestres carbonizados ou com partes do corpo queimadas: serpentes, lagartos, jabutis, jacarés, tamanduás, macacos e tantas outras espécies.
“Na tentativa de minimizar o sofrimento dos animais resgatados por grupos que estão atuando incansavelmente na região, uma força tarefa coordenada pelo Comitê do Fogo (órgão colegiado que reúne diversas instituições de governo, terceiro setor e iniciativa privada) construiu um Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres – PAEAS Pantanal. Mas, precisa de investimento financeiro para manter sua operação e os custos com suprimentos são altíssimos: medicação, equipamentos de resgate e uso veterinário, veículos para resgate, alimentação dos animais em reabilitação”, lista a entidade.
Fotos: AMPARA Silvestre
Apesar dos animais e vegetação serem os maiores prejudicados imediatos, o fogo também afeta populações locais, sobretudo os povos da floresta.
Fotos registradas por grupo de pescadores em Cáceres (MT):
Fotos: Mayke Toscano | Secom-MT
Incêndios criminosos estão destruindo, por exemplo, o Parque do Xingu, a maior reserva indígena brasileira. Por lá, brigadistas indígenas trabalham para conter as chamas.
A fumaça atinge em cheio também moradores de cidades, como de Corumbá – constantemente coberta por fumaça. Imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que há uma imensa mancha branca de fumaça, oriunda do Pantanal e Amazônia, que ruma para os estados de São Paulo e Paraná.
A omissão, letargia e disponibilização de poucos servidores na região deixam claro que controlar os focos de incêndio não são prioridade do governo federal. Não há previsão de chuva que ajude a aliviar essa situação.
Mesmo com a falta de maquinários e recursos, voluntários e bombeiros estão lutando para deter o fogo. Para dar visibilidade e engajar mais pessoas na cobrança por medidas do poder público, foi criado um vídeo-manifesto:
Além de divulgar em suas redes sociais, ajudando a levar esta situação ao conhecimento de mais pessoas, listamos abaixo como contribuir financeiramente para organizações que estão na linha de frente: