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Atletas olímpicos fazem campanha com alerta sobre aquecimento global

A continuação do aquecimento global tem e terá cada vez mais impactos diretos sobre os esportes.

Às vésperas do maior evento esportivo do planeta, quando é esperada a quebra de muitos recordes, atletas de todo o mundo unem-se para alertar sobre o recorde que não deve ser ultrapassado: 1,5oC.  Esse é o limite para que aumento da temperatura média do planeta não se torne perigoso.

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A campanha pelo clima faz alusão à união entre todas as nações que é necessária para atingir o objetivo de controlar o aquecimento global, bem como ao impacto que frações de um grau de aumento da temperatura podem ter sobre pessoas de todo o mundo. “Mesmo o aquecimento atual, de cerca de 1oC, já está causando mortes, doenças e prejuízos no mundo inteiro, em especial nos países em desenvolvimento, que menos podem se adaptar”, destaca Ana Toni, diretora do iCS (Instituto Clima e Sociedade), lembrando que somente no Brasil os prejuízos por desastres naturais entre 2002 e 2012 foram de R$ 278 bilhões em média.

Ondas de calor, alterações nos padrões das chuvas, secas e inundações estão já desafiando terrenos e instalações esportivas em todo o mundo. A continuação do aquecimento global tem e terá cada vez mais impactos diretos sobre os esportes. Da prática esportiva comunitária ao esporte profissional e de alta performance, atletas, espectadores, organizadores e voluntários estão sentindo o calor e os impactos reais das mudanças climáticas.

Atletas, com base em sua própria experiência, têm grande legitimidade para fazer este alerta durante o maior evento esportivo do planeta.  Por isso, eles são as estrelas das demais peças da campanha “1,5oC: o recorde que não devemos quebrar”, que ficarão disponíveis em português e inglês no site do Observatório do Clima – para favorecer o engajamento das pessoas.   Diversos participantes da Olimpíada aderirão à campanha ao longo da realização dos jogos no Rio.  Nas redes sociais, os usuários poderão customizar a foto dos próprios perfis com mensagens da campanha.

“Os dez últimos recordes de temperatura ocorreram neste século. O ano passado foi o mais quente desde o início dos registros e tudo indica que em 2016 teremos um novo recorde. Se continuarmos nesse ritmo, enfrentaremos problemas cada vez mais graves de abastecimento de água e produção de alimentos, além da maior disseminação de doenças provocadas por mosquitos, como a zika”, explica Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima – um dos organizadores da campanha, que surgiu a partir de uma ação em rede envolvendo o Fórum das Nações Vulneráveis, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o OC e o Instituto Clima e Sociedade (iCS).

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Diversos países, como Kiribati, Maldivas e Tuvalu, regiões costeiras como o Delta do Mekong, a Flórida e o sul de Bangladesh e cidades costeiras como o Rio de Janeiro estão entre os que serão mais atingidos pelas consequências das mudanças climáticas.

 

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