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Uma delegação da Agência de Proteção Ambiental da Suécia (Sepa) esteve em Santos, litoral de São Paulo, pela primeira vez, nesta terça-feira (18), para conhecer a primeira cidade brasileira que está realizando um estudo que tem como objetivo encontrar soluções para o lixo marinho produzido em solo, a partir da identificação dos resíduos, das fontes poluidoras e do destino desse material.

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A ideia é propor ações de prevenção ao lançamento de resíduos no oceano, com o engajamento da população.

A pesquisa, que não tem ônus para a Prefeitura, é fruto de uma parceria que envolve a Administração Municipal, Sepa e a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), que no Brasil é representada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

“A cidade de Santos foi escolhida porque encontramos todo o suporte da administração local para buscarmos dados, engajar todos os setores, além da proximidade com São Paulo e a presença do maior porto da América Latina”, afirma Mats Kullberg, especialista sênior da Sepa.

Mats Kullberg durante coletiva. | Foto: Rogério Bomfim/Divulgação

O projeto teve início em julho e terá 12 meses de duração. Atualmente, está sendo realizada a coleta de informações, por imagens e amostragem, para um banco de dados no qual constarão informações sobre o tipo de material que está vazando, sua origem e seu destino ao ser lançado irregularmente. Esse diagnóstico está a cargo do Instituto Ecofaxina, que atua tanto na faixa de areia quanto nas regiões de mangue, onde se encontram palafitas.

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A expectativa é de que, em 45 dias, esse levantamento esteja concluído. Em novembro, dois servidores de carreira da Prefeitura serão capacitados por técnicos da ISWA/Sepa na Suécia. Durante cinco dias, terão contato com prefeituras suecas para saber como lidam com a questão do lixo e como engajam o munícipe.

Quando retornarem ao Brasil, farão um raio-X para identificar quanto é gerado de resíduo, onde está a concentração, quanto é retirado das praias durante a semana, nos finais de semana e feriados, entre outros estudos.

Os dados serão enviados aos técnicos internacionais para sugestão de ações prioritárias, além de debates em Santos com técnicos da Prefeitura e de outras entidades em workshop previsto para o início de 2019. Dessa forma, será traçado um plano estratégico para Santos eliminar o lixo marinho, com ações de curto, médio e longo prazos.

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“Esperamos que o plano de ações esteja concluído até janeiro. Ele trará um componente de comunicação importante sobre como envolver e sensibilizar a população a fazer a sua parte”, diz Gabriela Otero, coordenadora do projeto.

Como é na Suécia

O país europeu não possui aterros sanitários e não utiliza a palavra “resíduo”, já que todo lixo é reaproveitado integralmente como recurso, seja por meio da reciclagem, da recuperação energética ou do aproveitamento da fração orgânica.