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195 países chegam a acordo histórico para reduzir emissões de gases

O acordo começa a valer em 2020 e, a cada cinco anos, o desempenho dos países será revisado.

Conférence des Nations Unies sur les changements climatiques – COP21 (Paris, Le Bourget)

Foram duas semanas e três madrugadas seguidas de intensas negociações, até chegar ao novo acordo climático, no último sábado (12). A adoção unânime, pelos cento e noventa e cinco países, foi recebida com muita comemoração pelos integrantes da COP21 – 21ª Conferência do Clima.

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O resultado é considerado histórico. Afinal, pela primeira vez, todos os países, incluindo Estados Unidos, China e Índia, os maiores poluidores, acordaram em reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

A meta é manter o aumento da temperatura global abaixo dos dois graus centígrados e se esforçar para atingir o limite de um grau e meio, uma demanda feita pelos países que serão mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas.

O compromisso também é de buscar até a metade deste século um equilíbrio entre o que é lançado na atmosfera e o quanto é removido. E as nações mais ricas finalmente concordaram em financiar a transição dos países em desenvolvimento.

Serão levantados cem bilhões de dólares por ano para ajudá-los a adotar uma economia mais verde.

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Apesar do clima de otimismo, ativistas se mostraram céticos. Para o diretor-executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, a principal vitória foi o reconhecimento de que a crise do clima é séria e requer ação imediata.

“Nós vamos continuar a mobilização a partir de amanhã para garantir que o fim da era dos combustíveis fósseis comece agora e para alcancemos a transição para cem por cento de energia renovável até dois mil e cinquenta”, afirmou a ONG.

O acordo de Paris começa a valer em 2020 e, a cada cinco anos, o desempenho dos países será revisado. Uma medida essencial, já que o corte nas emissões de gases do efeito estufa é voluntário.

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A maioria dos países já havia apresentado antes da conferência seus planos de redução, mas eles se mostraram insuficientes para atingir a meta. Daqui em diante, esses compromissos precisarão ser mais ambiciosos.

Agência Brasil