- Publicidade -

Um grupo de representantes da sociedade civil, de empresas, universidades e do governo de Brasília se reuniu no último sábado (16) para discutir desafios e projetos para tornar a cidade mais justa e sustentável. O debate foi convocado pelo Movimento Nossa Brasília, criado em 2012, inspirado no Nossa São Paulo, que atua há sete anos na capital paulista.

- Publicidade -

Na pauta do grupo de brasilienses, temas como agricultura urbana, com foco nas hortas comunitárias, e mobilidade e gestão dos resíduos sólidos na cidade. De acordo com o coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades Sustentáveis, Maurício Broinizi, o conceito de cidade sustentável vai além do debate ambiental e inclui também aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais.

“Sustentabilidade significa a gente trabalhar com um conceito de sociedade que no futuro seja melhor do que hoje, que se sustente no médio e longo prazos e que não piore as condições de vida”, explicou.

Na capital paulista, a mobilização do Nossa São Paulo resultou na aprovação de uma lei que obriga o prefeito a apresentar, no início de cada mandato, um plano de metas com detalhes de prazo e orçamento. Segundo Broinizi, mais 39 municípios brasileiros aprovaram leis semelhantes e a ideia também foi replicada em outras cidades da América Latina.

A secretária executiva do Nossa Brasília e assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Cléo Manhas, informou que o grupo brasiliense também cobrará do governo local a criação de indicadores e divulgação de dados sobre políticas públicas que permitam o acompanhamento pela sociedade.

- Publicidade -

“Apresentamos uma carta compromisso e temos insistido para que o governo disponibilize indicadores, de modo que a gente possa fazer o controle social com mais transparência, com mais dados.”

Segundo Cléo, o primeiro passo para tornar a capital do país uma cidade mais sustentável é reduzir a desigualdade. “O maior empecilho é que a gente não é uma cidade democrática. Temos muita segregação e a mobilidade é péssima. Nos fins de semana, as pessoas de outras regiões têm muita dificuldade de acesso ao Plano Piloto [área central planejada], que é o nosso centro histórico e precisa ser acessível a todos”, avaliou. “Não existe sustentabilidade com desigualdade”, acrescentou.

Por Luana Lourenço – Agência Brasil

- Publicidade -