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Greenpeace capacita jovens das periferias em justiça climática

No programa, que acaba de abrir as inscrições, juventude terá formação para incidir sobre políticas públicas de adaptação à crise do clima

clima
Foto de Markus Spiske na Unsplash

Formar jovens para pensar, agir e protagonizar ações de ativismo em prol de políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas. Este é um dos objetivos da AdaptaJuv – advocacy, adaptação e juventudes pelo clima, projeto do Greenpeace que vai capacitar jovens de Manaus (AM), Recife (PE) e São Paulo (SP).

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A iniciativa é realizada em parceria com a organização Clima de Eleição, que promove a importância da agenda climática para a população jovem brasileira. O foco é potencializar grupos que já desenvolvem ações sociais por justiça climática, contra o racismo ambiental e que tenham interesse em incidir sobre o tema em seus municípios.

O programa tem como objetivo especial alcançar territórios periféricos, que são os maiores afetados pelos eventos climáticos extremos. O Relatório sobre Clima e Desenvolvimento para o Brasil aponta que eventos relacionados ao clima podem levar de 800 mil a três milhões de brasileiros à pobreza extrema a partir de 2030. Por meio da juventude, a ONG ambiental busca disseminar a importância da luta pela adaptação climática.

Formação em justiça climática

Com 135 vagas, o programa terá aulas on-line de agosto a novembro, e disponibilizará 30 bolsas conectividade de R$ 100,00 para quem precisar de apoio para custos de acesso à internet.

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Foto: Surface | Unsplash

O período das aulas será de cerca de 30 dias – na sequência, três organizações de cada território serão selecionadas para a segunda fase do programa. Elas vão receber apoio financeiro para desenvolverem as campanhas de advocacy, como incentivo para organização de oficinas no território, além de comunicação e incidência política local pressionando o poder público.

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As inscrições foram abertas na última segunda-feira (17) e seguem até 31 de julho. Faça sua inscrição aqui.

Abaixo-assinado “Basta de tragédias”

Com mais de 4 milhões de brasileiras e brasileiros vivendo em áreas de risco, expostos a eventos extremos que ameaçam suas vidas diariamente, o Greenpeace ressalta que é urgente a implementação de políticas públicas permanentes que respondam às consequências da crise climática, promovendo condições dignas de moradia e cidadania.

mudanças climáticas adaptação
Conscientização sobre os riscos e as ações para reduzi-los aumentaram globalmente, mas medidas de adaptação têm sido insuficientes diante da magnitude do problema. Cena do desastre causado pelo excesso de chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rego | Agência Brasil

“O Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), elaborado em 2016 a toque de caixa e atualmente defasado (seu prazo expirou em 2020), não considera as periferias das cidades como territórios sensíveis”, afirma a ONG, que defende a renovação do PNA, com ampla participação da sociedade civil e elaboração de medidas que promovam a justiça climática, protegendo as parcelas da população que estão mais expostas aos riscos.

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“Quantas mortes mais precisamos contar para que as políticas públicas de enfrentamento à crise climática se tornem prioridade para o poder público?”, afirma Rodrigo Jesus, porta-voz do Greenpeace Brasil. A organização convida a população a participar do abaixo-assinado que pede a revisão do PNA e cobra medidas das autoridades para a prevenção de tragédias decorrentes de eventos climáticos extremos.