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Holandeses criam primeiro smartphone sustentável

O produto é fruto de uma empresa social formada por diversos profissionais.

Um celular que se intitula “seriamente legal, que coloca em primeiro lugar os valores sociais”, foi desenvolvido na Holanda. O produto é fruto de uma empresa social formada por cinco profissionais.

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Quantos de nós podemos afirmar com segurança a procedência de um determinado dispositivo eletrônico? Saber como funciona e quem integra toda a cadeia produtiva, que envolve fornecedores, distribuidores, atacadistas, armazéns e fábricas, é quase impossível. Entretanto, os criadores do Fairphone assumiram o compromisso de serem mais transparentes, e, para isso, acompanham cada componente, indivíduo e processo, a fim de mostrar o impacto da produção de eletroeletrônicos e tomar medidas para propor melhorias.

De acordo com os criadores, o smartphone foi produzido da maneira mais justa possível. O grupo ressalta a funcionalidade social que permeia o desenvolvimento do aparelho.

“Produzir um telefone permite-nos abordar as grandes questões e desafios que enfrentamos a partir de uma perspectiva humana. É um objeto cotidiano, que quase todo mundo tem, usa ou pode se identificar. É tanto um dispositivo tangível, como um grande símbolo do nosso mundo conectado, social”, diz a empresa, em seu site.

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Os criadores acreditam que o aparelho possa ser um veículo para uma nova maneira de produzir, uma mudança que acarretará em uma economia baseada em valores. Algumas dessas transformações vão acontecer rapidamente, afirma a companhia, enquanto outras podem levar anos.

Os telefones celulares contêm mais de trinta tipos diferentes de minerais e metais. Como não se pode escapar do uso desses produtos, a companhia busca o selo “Comércio Justo”, realizando ações para garantir que a extração não financie forças armadas ilegais.

A criação do produto é baseada em um roteiro com cinco passos que levam em consideração: boas condições de trabalho e prática de reciclagem, uso de materiais preciosos e metais livres de conflitos, design inteligente, preços justos que reflitam o custo real de cada etapa e ainda busca de alternativas para o descarte do aparelho.

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Na questão trabalhista, por exemplo, a empresa capacita os trabalhadores a entrarem em discussões diretas com seus empregadores, além de oferecerem um salário compatível com as horas de trabalho realizadas.

Já em relação às especificações, as baterias são removíveis e substituíveis, o aparelho possui capacidade Dual SIM e embalagem mínima. O Fairphone é baseado no Android e busca da inclusão de elementos adicionais – para isso, estão em parceria com plataformas abertas. Em longo prazo, o objetivo é fabricar um telefone totalmente reciclável, ??feito com material ecológico, livre de plásticos e toxinas.

Embora ainda não seja comercializado em massa, já foram vendidas 15 mil unidades do Fairphone na internet. Ainda há 25 mil aparelhos disponíveis, de acordo com o site da empresa. Veja aqui como adquiri-lo.

Marcia Sousa – Redação CicloVivo