- Publicidade -

Alunos da USP criam drones que combatem incêndios e vencem competição

Drones atuam de forma cooperativa para evitar que o fogo se propague em florestas

drones incêndios florestais
Equipe Atena, da USP em São Carlos, vencedora de competição aeroespacial. | Foto: Divulgação | Semear

Criar sistemas voltados à detecção e combate a incêndios em florestas utilizando Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) – mais conhecidos como drones – foi o desafio aceito por um grupo de estudantes da Escola de Engenharia de São Carlos da USP. O grupo desenvolveu o projeto NoFire Squad e venceu a segunda Competição Aeroespacial Sarc-Barinet, promovida pelo Centro Sueco de Pesquisa Aeroespacial e a Rede Brasileira de Pesquisa e Inovação Aeroespacial no início de novembro.

- Publicidade -

NoFire Squad é um sistema formado por nove quadricópteros autônomos que atuam de forma cooperativa para auxiliar no combate a incêndios florestais.

“A ideia é que os drones sejam lançados da aeronave militar brasileira KC-390, em uma área próxima ao foco do incêndio. O swarm (enxame) é capaz de fazer uma busca pelo terreno, encontrar a região do fogo e iniciar uma estratégia para retardar a propagação das chamas”, explica Lucas Cavalcante, aluno de engenharia e um dos membros da equipe premiada.

drones combater incêndios
Desenvolvimento conceitual do projeto NoFire Squad: drones atuam de forma cooperativa no combate a incêndios florestais. | Foto: Divulgação | EESC

Além dele, a equipe, apelidada de Atena, é composta pelos estudantes Guilherme Castro, Daniel Miguita, Matheus Martins, Guilherme Villela e Raul Ferreira. O grupo integra a extensão universitária Semear (Soluções em Engenharia Mecatrônica e Aplicação na Robótica).

De acordo com Cavalcante, antes da competição nenhum dos membros do time tinha conhecimento de estratégias de combate a incêndio. Então, para entender o problema mais profundamente, buscaram apoio do Corpo de Bombeiros de São Carlos. Lá, puderam entender os desafios e riscos enfrentados, podendo levantar ideias de como a utilização de drones poderia diminuir os riscos de acidentes e tornar as operações mais efetivas.

- Publicidade -

“Um dos drones do swarm lidera os demais, auxiliando-os a se posicionarem para lançar substâncias antifogo nas regiões periféricas às chamas, evitando, assim, que o fogo se propague rapidamente para regiões ainda não atingidas”, explica o estudante. Esta estratégia de combate a incêndios executada pelos drones e programada pela Equipe Atena tem como base a forma como os bombeiros atuam.

queimadas saúde
Uma quantidade sem precedentes de incêndios eclodiu na floresta amazônica do Brasil. Nesta imagem, capturada em 21 de agosto de 2019, os fogos e as nuvens de fumaça podem ser claramente vistos. Créditos: Dados Copernicus Sentinel (2019), processados pela ESA, CC BY-SA 3.0 IGO

“Esse tipo de competição dá oportunidade aos estudantes de superar barreiras reais, que serão encontradas no mercado, e também estimula o surgimento de soluções práticas, que podem auxiliar o mundo todo”, afirma Alessandra Holmo, managing director do CISB (Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro).

A equipe vencedora irá, em 2023, para a Suécia. O foco da viagem é conhecer o ecossistema de inovação aeroespacial daquele país, visitando indústrias e universidades, e reforçar o intercâmbio entre Brasil e Suécia nas áreas de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento.

- Publicidade -

O projeto dos alunos da USP consistiu no desenvolvimento conceitual, testado em simulador. A premiação ocorreu em setembro, durante a Semana de Inovação Suécia-Brasil 2022, realizada em Salvador, Bahia. Para saber mais sobre o projeto, acesse o site do grupo Semear.

As informações são do Jornal da USP