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Startup transforma óleo de cozinha usado em detergente

A tecnologia, que está em processo de patenteamento, usa uma proteína existente no corpo humano.

Em 2016, um grupo de químicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) criou a startup EcoXperience. Agora, os profissionais conseguiram 700 mil euros de financiamento para desenvolver um grande projeto: a criação de detergente ecológico feito a partir de óleo alimentar usado.

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A verba será aplicada no desenvolvimento da One-N-Done, uma cápsula 100% ecológica que converte os óleos de cozinha usados em detergentes para diversos usos, como limpar o chão, vidros, sabonetes, lava louças, entre outros. Para tanto, será usada uma proteína que funciona como biocatalizador.

Tecnologia

A tecnologia, que está em processo de patenteamento, usa uma proteína existente no corpo humano, produzida pelo pâncreas, para processar as gorduras ingeridas. Na prática, “a fórmula desenvolvida pela EcoXperience, em parceria com a Universidade de Coimbra, mimetiza o que acontece no corpo humano, ou seja, transforma os triglicerídeos presentes nos óleos usados em novos componentes”, explicam César Henriques e Filipe Antunes, dois dos fundadores da Startup.

Questão ambiental

É comum que o resto do óleo utilizado no cozimento seja despejado em ralos de pias e esgotos, mas a ação não é correta e pode acarretar contaminação na água. Segundo a Sabesp, um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água.

Democratizar o acesso aos produtos ecológicos

Parte da equipe que trabalhando na tecnologia. Foto: Cristina Pinto

O grupo de químicos pretende disponibilizar, tanto para o setor industrial como para uso doméstico, “uma cápsula idêntica à que colocamos na máquina de lavar roupa ou louça, ‘recheada’ com todos os agentes necessários para a transformação do óleo usado e os ingredientes essenciais para os vários produtos de limpeza (perfume, corantes, etc.). Assim, valorizamos um resíduo e fornecemos detergentes altamente ecológicos, sem produtos químicos agressivos para o ambiente como acontece com os atuais detergentes”, salientam César Henriques e Filipe Antunes.

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“O objetivo é democratizar a forma como as pessoas têm acesso aos detergentes, permitindo obter produtos de origem vegetal eficazes, economizando tempo e dinheiro. Estima-se que a One-N-Done permita ao usuário final uma poupança média anual de 45% em detergentes”, garantem.