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Foto: Divulgação

Quando começou a trabalhar como professora, na periferia de São Paulo, Débora Garofalo percebeu que os estudantes não estavam recebendo uma educação em tecnologia que os capacitasse para o mercado de trabalho. Por outro lado, a escola não tinha recursos suficientes para suprir tais necessidades e foi refletindo sobre isso que ela criou o projeto que hoje é destaque em uma premiação de educação em Dubai, nos Emirados Árabes.

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Mas, a iniciativa não nasceu como um passe de mágica. Ela primeiro trabalhou com seus alunos para mapear os problemas da área local e também precisou ganhar a confiança de seus colegas de trabalho. Débora realizou aulas abertas sobre gestão de resíduos para a comunidade local e incentivou as pessoas a levarem itens que, de outra forma, seriam jogados fora. Foi só depois que nasceu, de fato, o programa de construção de robótica a partir do lixo.

Um passo de cada vez

Os alunos começaram com projetos simples e, ao longo do tempo, a professora introduziu os fundamentos da eletrônica e, em seguida, passou para uma robótica mais complexa, por exemplo, usando chips controláveis. Mais de 2000 alunos participaram do programa e criaram protótipos de tudo, de robôs e carrinhos a barcos e aviões. Mais de 700kg de lixo foram transformados.

O impacto nos estudantes foi impressionante. Eles desenvolveram suas habilidades de trabalho colaborativo e interdisciplinar e aprofundaram sua compreensão de eletrônica e física. Eles estão aprendendo sobre ser cidadãos globais e impactando sua comunidade local removendo o lixo e reciclando-o. Entre os resultados que mais se destacam: notas maiores nos exames e menor evasão escolar.

Expansão

O programa batizado de “Junk Robotics” inspirou outras escolas de São Paulo a adotarem o modelo, incluindo o ensino de programação e robótica no currículo escolar. Inclusive, Débora treina outros professores para replicarem o projeto.

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“A educação é uma das carreiras mais empolgantes e gratificantes que existe. Adoro ensinar pela possibilidade de transformar a vida dos estudantes em agentes de mudança para um mundo melhor, baseado em uma educação integral e sustentável, com qualidade e equidade”, afirmou a professora. Ela agora concorre, estando entre os 10 finalistas, a um prêmio de um milhão de dólares.


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