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cemitério
Foto: Katja Just | Pixabay

Falar de morte é quase sempre espinhoso, mas eis alguns problemas que ocorrem em cemitérios mal gerenciados: Contaminação do solo (e dos lençóis freáticos) por necrochorume, contaminação por meio dos metais pesados das alças dos caixões, vazamento de gases sulfídricos por má confecção e manutenção de sepulturas e jazigos. Isso para citar poucos exemplos. Já é bastante comum optar pelo crematório, evitando tais questões, mas também é um método poluente. Surgem então alternativas melhores e exemplo disso é “ala ecológica” inaugurada no cemitério de Ivry-sur-Seine, no subúrbio de Paris.

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Parte do local já funciona normalmente. A ideia foi reservar uma área de 1.560 metros quadrados aos parisienses que querem “descansar em paz” causando o mínimo de impacto ambiental possível. No espaço, as lápides serão substituídas por marcadores de madeira, enquanto os caixões devem ser feitos de materiais biodegradáveis, papelão ou madeira local não envernizada. Não haverá construções de concreto. Já o corpo deve ser enterrado com fibras biodegradáveis ​​naturais. Afinal, se a morte é, como dizem, algo natural por que o enterro não deveria ser?

Estudo

A França abriga “monumentos-túmulos” que são quase obras de arte. E os imponentes adornos sempre revelaram o prestígio do falecido. Acontece que esse costume acabou por se tornar um problema ao ponto de Paris sofrer com a falta de túmulos vagos. Em 2017, a Funeral Services Foundation da cidade realizou até um estudo comparativo entre o enterro tradicional e a cremação.

Analisando todo o ciclo de vida, das matérias-primas, logística, os diversos processos, o uso de energia e geração de resíduos chegou-se aos seguintes dados: enterros tradicionais geram, em média, 833 kg (ou quase 1 tonelada) de CO2, a cremação produz 233 kg e o enterro sem uma lápide 182 kg. Logo se vê que os enterros verdes têm potencial de serem adotados pelas cidades. Confira a pesquisa, em francês, que compara os tipos de enterro.

Compostagem humana

Outra solução apontada por uma empresa italiana é enterrar corpos dentro de cápsulas biodegradáveis. Acima deles, uma árvore nativa deveria ser plantada, transformando cemitérios em verdadeiras florestas.

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Em maio deste ano, o estado de Washington, nos EUA, legalizou a compostagem humana. A lei, que só entra em vigor em 2020, vai permitir que o corpo seja enterrado com palhas, lascas de madeira e alfafa: criando as condições perfeitas para se decompor.