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A população de rua cresceu 18% em Londres, capital da Inglaterra, no ano passado. O alto custo dos aluguéis versus os valores estratosféricos de financiamento para a compra de um imóvel contribuem para a situação. Enquanto isso, surgem iniciativas emergenciais como o Buses4Homeless, projeto que está transformando velhos ônibus de dois andares em um refúgio para moradores sem-teto. 

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Segundo o próprio grupo, a iniciativa é uma “solução holística de baixo custo” para a falta de moradia. Mas o que isso quer dizer exatamente? O projeto além de abrigar pessoas que precisam de um local para dormir ou se alimentarem, quer criar espaços de cuidado onde serão realizadas atividades para o bem-estar. 

O projeto está convertendo atualmente quatro ônibus desativados para iniciar um programa de três meses. Um veículo-abrigo já está em funcionamento, apesar de não ter sido “lançado” oficialmente. Ele pode acomodar até 20 pessoas e é equipado com espaço para armazenamento, tomada e persianas.

Haverá outro ônibus que fornecerá comidas caseiras e quentinhas. Além de uma cozinha bem equipada, o veículo já possui mesas e assentos reformados e agradáveis a quem precisar de um cantinho seguro para se alimentar. 

As refeições serão preparadas com a ajuda de uma escola de culinária, mas a ideia é futuramente integrar os próprios moradores para que possam cozinhar as refeições para os outros, aprendendo quem sabe uma nova profissão e ganhando mais confiança e autonomia.

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Sobre este último ponto haverá ainda uma terceira via no projeto: a capacitação. Por meio de cursos e workshops, os interessados poderão participar de aulas úteis que os ajudarão a serem inseridos no mercado de trabalho. Antes disso, o grupo também estimulará os participantes a abraçarem uma causa, sendo voluntários na comunidade e, consequentemente, fazendo-os se sentirem melhores em relação a si mesmos.

“O objetivo é reabilitá-los e integrá-los lentamente na comunidade, e fazer com que a população em geral os veja fazendo coisas positivas na área local”, diz o projeto em seu site. Aliás, o grupo deixa aberto para quem quiser contribuir, seja em dinheiro, tempo ou habilidades. 

Os veículos usados no programa foram doados pela empresa de transportes Stagecoach por não se enquadrarem na Zona de Baixa Emissão estabelecida na cidade. O grupo espera poder ampliar a iniciativa, já que muitos modelos devem se tornar obsoletos nesta transição por veículos menos poluentes.

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