Aplicativo educativo que mapeia árvores quer chegar a novas cidades
Natu Contos traz histórias escritas por autores da literatura infantojuvenil e narrados por grandes cantores.
Natu Contos traz histórias escritas por autores da literatura infantojuvenil e narrados por grandes cantores.
O aplicativo educacional Natu Contos pretende reconectar a sociedade com a natureza das cidades brasileiras. Em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, o aplicativo ajuda o usuário a identificar cinco espécies nativas da Mata Atlântica – embaúba, ipê-amarelo, jequitibá, pau-brasil e pau-ferro – de um jeito diferente.
Na prática, o usuário realizará uma “caça ao tesouro” por árvores. Depois de baixar o aplicativo e escolher o local de sua expedição, ele seguirá um mapa na tela do celular, integrado ao GPS, até a árvore identificada. Essa caminhada já é uma ótima oportunidade para prestar atenção à natureza local, relaxar e desfrutar dos benefícios que ela oferece.
Quando uma árvore é encontrada, um universo lúdico se abre: um vídeo animado a apresenta e, depois, um conto fica disponível para o adulto ler/ouvir com a criança embaixo da sua copa. Uma vez coletadas, as histórias e as fichas técnicas de cada árvore vão para uma biblioteca e podem ser relidas e ouvidas quantas vezes quiser, em qualquer lugar.
Ainda é possível conhecer no aplicativo as características de boa parte delas, além de como funciona o processo de dispersão de sementes de algumas espécies.
A plataforma Natu Contos traz árvores mapeadas em parques e praças das cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Uberaba (MG) e está disponível na plataforma IOS. Veja como funciona clicando aqui.
Graças a uma campanha de arrecadação na internet, o aplicativo também estará disponível na plataforma Android até julho de 2020.
Os idealizadores querem agora levar o aplicativo para outras cidades, criando um novo vínculo afetivo entre árvores e os cidadãos de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Recife (PE).
Para que isso seja possível, é necessário arrecadar um novo valor na campanha que está no site de financiamento coletivo Catarse. Quem participar do financiamento com doações a partir de R$ 25 terá recompensas, como o plantio de mudas pela SOS Mata Atlântica, livro infantil, pôster com ilustração do artista Arthur Daraujo, entre outras.
“Gostaríamos de agradecer todos que contribuíram para o projeto até aqui. Com isso, muitas crianças e escolas terão acesso a esse aplicativo, tornando-o ainda mais democrático”, afirma Fernanda Sarkis Coelho, idealizadora do aplicativo.
“Quem sabe as pessoas possam aproveitar esta época de fim de ano e presentear as pessoas de um jeito diferente ou chamando amigos para participar do financiamento coletivo. Todas as cidades que o aplicativo pretende chegar estão na Mata Atlântica e possuem praças e parques interessantes. Ao apoiar este aplicativo, queremos propor para as pessoas observarem, sentirem e se relacionarem mais com a natureza de suas cidades”, afirma Afra Balazina, diretora de Comunicação da Fundação SOS Mata Atlântica.
Nos contos do aplicativo é possível lembrar como as pessoas já tiveram uma relação diferente com as árvores, qual a relação dos animais com elas e saber mais das transformações que cada espécie passa em cada estação do ano.
“Amélia e seu Ipê-amarelo”, de autoria de Índigo com narração de Tiê
Amélia que tinha tudo amarelo, até seu cabelo, adorava um eucalipto, mas não ligava para um ipê-amarelo que tinha em seu sítio. Quando ele floresceu na primavera, isso mudou.
“Árvore de Estimação”, de Tiago de Melo Andrade e narração de Lenine
Uma menina fica triste por ter perdido o gramado e a sombra fresca de sua árvore de estimação queimada em um incêndio, onde ela tinha seu balanço.
“À procura do Pau-Brasil”, de Andrea Pelagagi com narração de Fernanda Takai
Um irmão e uma irmã tentam de todas as formas descobrir se a árvore que eles acharam era mesmo a espécie que deu nome ao nosso país.
“O pica-pau e o Pau-ferro”, de João Anzanello Carrascoza e narração de Mart’nália
Um pica-pau se aventura até a cidade e acha uma árvore diferente das do bosque em que morava, pois ela era muito dura.
“Simãozinho e o pé de Embaúba”, de Claudio Fragata e narração de Ney Matogrosso
O macaco Simãozinho tem medo de altura, mas sonha em subir na árvore para comer seus lindos frutos.