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Agroflorestas Solidárias alimentam agricultores e refugiados em Roraima

40 famílias já se beneficiam da primeira Agrofloresta Solidária, programa criado pela Mahogany Roraima, em Boa Vista.

A empresa Mahogany Roraima, quarta maior produtora de mogno africano do mundo, desenvolveu um projeto chamado Agroflorestas Solidárias. O programa consiste na instalação, dentro de cada floresta de mogno africano plantada, de uma agrofloresta cultivada por moradores nas comunidades do entorno.

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A atuação da empresa em Boa Vista, capital de Roraima, inclui um programa de treinamento e capacitação dessas pessoas, para que plantem e comercializam hortifrútis nas áreas. O objetivo é gerar renda e sustentabilidade a esses pequenos agricultores.

A primeira Agrofloresta Solidária implantada já está beneficiando 40 famílias, e uma segunda está em fase de formação. O que for produzido nessas áreas ainda ajudará a alimentar refugiados venezuelanos, que desde 2015 têm imigrado em massa para o Brasil, via fronteira de Boa Vista. A partir de dezembro deste ano, a Mahogany Roraima fornecerá ao Exército, a cada três meses, alimentos suficientes para alimentar 2 mil famílias por mês.

+ Saiba o que é uma agrofloresta.

Programa Acolhida

A empresa já vinha dando sua contribuição na questão dos refugiados por meio da participação no Programa Acolhida – ação humanitária interagências, conduzida no Brasil por Forças Armadas, Governo e Polícia federais, que consiste em intermediar a contratação de refugiados venezuelanos por empresas comprovadamente idôneas.

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A Mahogany Roraima emprega, atualmente, 15 venezuelanos diretamente e outros 40 de forma indireta, em funções como serviços gerais, cozinheiro (a), viveirista, tratorista, projetista agrícola, entre outras ligadas ao plantio das florestas de mogno.

Segundo estimativas oficiais, vivem hoje, no Estado de Roraima, mais de 70 mil venezuelanos, que fugiram do caos econômico e político de seu país em busca de melhores condições de sobrevivência.

Máquina de plantar árvores

Com sede em São Paulo, a Mahogany Roraima desenvolveu estrutura própria e tecnologia de ponta para plantar mudas de mogno africano por 200 hectares ao dia, em uma área total de 90 mil ha. Uma máquina 100% automática de plantar árvores, criada na própria empresa, simplifica e acelera o processo e ainda permite uma distribuição planejada de espécies nativas, contribuindo para o desenvolvimento e preservação da biodiversidade nos projetos de reflorestamento.

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Segundo a empresa, 10% das árvores plantadas no reflorestamento são nativas como: Mogno Brasileiro, Ipê, Jatobá, Angelim, Cumaru, Massaranduba, entre outras.

De acordo com o empresário Marcello Guimarães, presidente do Conselho Administrativo da Mahogany, a meta da empresa é chegar a 2021 com 13 mil hectares de mudas plantadas e, em dez anos, a 40 mil ha, almejando ser a maior empresa de produção de mogno do mundo.

Diversidade no cultivo

Além do Mogno Africano, outros espécies e insumos podem ser associados ao cultivo agroflorestal, veja os casos do cacau e do dendê.