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Evento sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais é destaque do feriado em Curitiba

Segunda edição do Ciclo PANC acontece entre 20 e 22 de junho e aborda culinária, nutrição, produção e terapias.

As Plantas Alimentícias Não Convencinais (PANC) vem ganhando destaque em restaurantes, programas de TV e algumas já começam a aparecer em supermercados. Muitas dessas espécies mais conhecidas, como a ora-pro-nóbis e a capuchinha, começaram inclusive a despertar áreas de cultivo especiais para atender à crescente demanda. E mesmo com todo essa audiência, a nossa alimentação segue ainda restrita à aproximadamente 25 espécies, em um universo estimado de até 75.000 plantas alimentícias.

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A segunda edição do Ciclo PANC acontece entre os dias 20 e 21 de junho de 2019, em três localidades de Curitiba e Região Metropolitana, destacando as espécies não convencionais deste grande universo botânico, com enfoque aos cultivos de inverno. Segundo os organizadores do evento, a programação foi planejada para tratar de quatro grandes áreas: culinária, nutrição, produção e medicinais. “Começamos nosso Ciclo com a apresentação de grande quantidade de espécies, provenientes de produtores, matas preservadas e também da cidade, aspectos nutricionais e usos culinários.

Um dos destaques é a presença desta plantas no Terraço Verde, local do primeiro dia na região central de Curitiba. No segundo dia, vamos explorar o manejo tanto para produção rural quanto para composição com hortas e jardins urbanos, um modelo conhecido como paisagismo produtivo. No último dia, nos concentramos nas práticas terapêuticas destas plantas, para o corpo e para o ambiente, seja interno ou externo”, destaca o coordenador técnico do Ciclo PANC, o engenheiro agrônomo Marcelo Silvério.

Cultura Alimentar

Toda refeição é um ato cultural, pois é carregado de memória, saberes, tradições, sentimentos, trabalho e escolhas. Por isso, que a alimentação pode dizer muito sobre uma pessoa, contar sobre seus costumes e relacionamento com o mundo. Se em muitos lugares a comida vem direto da horta e da floresta, nas médias e grandes cidades o quê se tem é a mesmice alimentar dos supermercados. A homogenização da alimentação moderna, é causa de muitos dos problemas ambientais e de saúde, e buscar conhecer o alimento, sua produção e poder escolher entre os que trazem benefícios para o planeta e para si mesmo é um dos objetivos do Ciclo PANC, inserido-se assim no contexto da agroecologia.

A nutrição e a culinária são apresentadas na abertura do evento. A nutricionista Daniele Dominoni, especializada em nutrição funcional e uma das painelistas do evento, destaca a importância da ampliação desse novo conhecimento: “A nutrição funcional vem se destacando por cuidar da saúde das pessoas e do planeta, e as PANC utilizadas pelos nossos ancestrais beneficiam muito nossa saúde, muitas delas com propriedades nutricionais únicas, que auxiliam em tratamento e prevenção. Vamos falar destas relações novas entre alimentos ricos em nutrientes e que ajudam na nossa relação com a natureza”.

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A chef de cozinha Bruna Pereira especializada em culinária vegana e restritiva, que há mais de um ano vem introduzindo PANC no cardápio de seu restaurante e a culinarista vegetal Cláudia Nunes, entusiasta da cozinha saudável, que desenvolve pratos que beneficiam a saúde e o bem-estar utilizando essas plantas não convencionais, são destaque no encerramento do dia 20. A mediação é de Arthur Ferreira, produtor cultural e cozinheiro de culinária criativa sintrópica, que vem assinando cardápios de eventos de agroecologia e PANC.

Agroecologia

Curitiba é pioneira no país com a primeira feira de orgânicos do Brasil assim como o primeiro setor de orgânicos em um mercado municipal. O consumidor curitibano é exigente e esse mercado possibilitou a existência de uma cadeia produtiva em propriedades familiares, sem uso de defensivos químicos. Neste contexto, surgiu recentemente uma lei municipal sobre agricultura urbana em espaços públicos e inúmeros eventos relacionados a agroecologia urbana acontecem anualmente na capital paranaense.

O paisagismo produtivo, um sistema inovador de policultivo, amplia o conceito de hortas urbanas com a soma de conhecimentos de origens variadas, desde a biodinâmica até o paisagismo tradicional. Na segunda tarde do evento, duas atividades trazem o conceito de produção agroecológica através deste novo formato de paisagismo. As arquitetas Beatriz Boell e Ivana Cassuli apresentam conceitos de projetos que incluem as PANC com composição ornamental em busca de cenários que além de estéticos, produzam alimentos.

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“Os paradigmas do paisagismo vem se transformando, inspirados nas hortas urbanas e na conscientização ecológica, na busca por uma alimentação saudável e orgânica. Também entra em discussão, a possibilidade de produzir nossos próprios alimentos, e de irmos além dos padrões de beleza por si só. A medida que a preservação ambiental e as construções sustentáveis avançam em direção aos centros urbanos, a preocupação estética continua sendo um dos pilares, mas deixou de ser o mais importante. Aspectos como preservação, diversidade, resgate do bioma, produção de alimentos em policultivo, integração com a fauna, em especial com as abelhas nativas, além dos aspectos bioclimáticos do local são de igual importância para a composição dos cenários, cada vez mais integrados e saudáveis” enfoca Ivana.

O exercício prático neste mesmo dia é a oficina com Ademar Brasileiro, mais conhecido como o famoso Mago Jardineiro, que vai facilitar a produção de policultivo com as PANC e cada participante levará para casa uma pequena amostra.

As aplicações medicinais originárias de conhecimentos de povos tradicionais da região são destaque da última tarde do evento. A engenheira agrônoma, mestre em extensão rural, doutoranda em agroecologia e terapeuta natural, Cristiane Coradin, apresenta a roda de conversa PANC farmácia viva.

“Vamos trocar conhecimentos sobre PANC e usos na saúde natural do corpo humano e de ambientes (moradias e agroecossistemas). Para isso identificaremos propriedades trofoterápicas, fitoterápicas e para harmonização de ambientes, finalizando com uma prática sensitiva. Nesse diálogo conversaremos como casas, plantas e agroecossistemas podem espelhar nossos estados de saúde e adoecimento, bem como nos auxiliar na construção de estilos de vida, de paisagismo e de agricultura funcionais e saudáveis. Os destaques são o dente de leão, ora-pro-nóbis, aroeira, buva, picão preto, mastruço e lírio da paz”, conclui Cristiane.

Programação completa:

Dia 20 de junho de 2019

14h – Abertura com Instituto Ambiente em Movimento – as ações educacionais para 2019.

14h20 – PANC de Inverno: conhecendo as principais espécies do bioma da região de Curitiba. Com Marcelo Silvério.

16h – Coffe break agroecológico colaborativo.

16h30 – A Nutrição Funcional e as PANC de Inverno. Com Daniele Dominoni.

18h – Perspectivas Culinárias: Roda de Conversa com a chef Bruna Pereira (Veg&Tal) e culinarista vegetal Cláudia Nunes (Vilo Arte e Sabor). Mediação com Arthur Ferreira.

Local: Terraço Verde – Rua Itupava, 1299, Alto da XV, Curitiba.

Contribuição R$ 70,00 – Vagas Limitadas

21 de junho de 2019

14h – Painel: O paisagismo produtivo na transição agroecológica – uma introdução aos jardins com PANC. Com as arquitetas Beatriz Boell e Ivana Cassuli.

14h 45 – Oficina prática: o cultivo das PANC nos jardins de transição agroecológica. Com Mago Jardineiro e Marcelo Silvério.

17h00 – Coffe break agroecológico colaborativo.

Local: Agro Botânica Comercial, Rua Vagner Luis Boscardin, Planta Laranjeiras, Piraquara.

Contribuição R$ 70,00 – Vagas Limitadas

22 de junho de 2019

14h30 – PANC Farmácia Viva – da casa corporal à casa de habitat. Com Cristiane Coradin.

17h – Coffe Break agroecológico colaborativo.

Local: Sítio Terra Graciosa, Avenida Dom Pedro II (Estrada da Graciosa), 7125, Quatro Barras.

Contribuição R$ 70,00 – Vagas Limitadas

Desconto Pacote PANC: todas as atividades por R$ 180,00.

Inscrições pelo e-mail: [email protected] ou pelo WhatsApp 41 9.8803 5490 com Arthur Ferreira

Mais informaç

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