- Publicidade -

Parque em Parelheiros é polo de tecnologia em agroecologia

O Parque Nascentes do Ribeirão Colônia possui 110 mil m², que incluem lagos, campos de futebol e pista de caminhada.

parque parelheiros

O Parque Nascentes do Ribeirão Colônia, em Parelheiros, zona sul de São Paulo, é o primeiro parque urbano do bairro, inaugurado no início de 2020. Além de ser uma ampla área de lazer e contemplação da natureza, com seus 110 mil m² que incluem lagos, campos de futebol e pista de caminhada, o local também vem se tornando um centro de qualificação e suporte para agricultores da região.

- Publicidade -

Com o apoio do Projeto Ligue os Pontos, da Prefeitura de São Paulo, estão instalados no parque a Escola de Agroecologia de Parelheiros, o TEIA Parelheiros e a Vitrine de Técnicas Sustentáveis, um conjunto de iniciativas que visam o fortalecimento da agroecologia por meio da difusão do conhecimento e de apoio técnico aos produtores.

“Esse espaço faz parte de uma rede de apoio ao desenvolvimento agroecológico”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo da Prefeitura de São Paulo, Aline Cardoso. “Além da geração de renda, são projetos que aumentam a oferta de alimentos saudáveis e diminuem o impacto ambiental da atividade agrícola em São Paulo”, conclui.
Escola de Agroecologia de Parelheiros

A sede administrativa do parque abriga a Escola de Agroecologia, que conta com uma infraestrutura de salas de aula para a realização de oficinas, cursos, e palestras voltadas para os agricultores e moradores da região.

Primeiro braço da UMAPAZ (Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz) na região sul de São Paulo, a Escola de Agroecologia tem o objetivo de difundir as práticas para uma agricultura mais sustentável, promovendo a construção de conhecimentos, valores, habilidades e experiências, buscando soluções para os problemas ambientais atuais e futuros.

- Publicidade -

Construída a partir de um Grupo de Trabalho intersecretarial, o local foi inaugurado em fevereiro de 2020, e aposta em um modelo de gestão participativa das oficinas por meio de parceiros, associações e universidades.

“Todo cidadão paulistano poderá aprender de forma gratuita a contribuir para uma cidade mais sustentável”, reforça o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo de Castro. “A Escola é um elemento aglutinador e potencializador de iniciativas de educação ambiental e sustentabilidade naquele território”, resume Meire Aparecida Fonseca de Abreu, diretora da UMAPAZ.

TEIA Parelheiros

O Parque Nascentes do Ribeirão Colônia é o primeiro parque da cidade a contar com uma unidade do Teia, coworking público da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, executado pela Ade Sampa. O Teia Parelheiros é voltado à agricultura e ao ecoturismo.
“Mais da metade dos agricultores da zona sul rural recebem menos que um salário mínimo, proveniente da agricultura. O Teia chegou a esta região para apoiar esses agricultores em ações de melhoria e desenvolvimento de seus negócios”, declarou a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

- Publicidade -

O espaço dispõe de dois ambientes, sendo um dedicado a cursos, palestras e reuniões, equipado com oito computadores de mesa e com capacidade para mais de trinta pessoas. O outro espaço será usado como ambiente de coworking com capacidade para 14 posições individuais de trabalho e como local para eventos e exposições. O Teia conta ainda com internet wi-fi de alta velocidade, ambiente de descompressão e copa.

No local, os empreendedores da região contam com o atendimento de consultores do Sebrae e da Ade Sampa. Durante a pandemia do Covid-19, o uso do espaço requer agendamento e os cursos estão sendo ministrados on-line.

Vitrine de Técnicas Sustentáveis

Em parceria entre o Projeto Ligue os Pontos e a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, a instalação conta com oito técnicas sociais sustentáveis baseadas nos princípios da permacultura, além de videoaulas explicativas sobre cada técnica, disponíveis no canal da UMAPAZ no YouTube, e uma cartilha que está em produção, com o objetivo de difundir ao máximo esse conhecimento.

“Esse é um espaço aberto para que todos possam visitar, conhecer e fazer parte dessa rede agroecológica que está se formando e se fortalecendo no território”, diz Nicole Gobeth, gestora do Projeto Ligue os Pontos.

As técnicas apresentadas utilizam materiais de baixo custo e fácil acesso, como tubos PVC, baldes, plantas nativas, entre outros, o que facilita a sua reprodução nas propriedades rurais e até mesmo nos domicílios de qualquer pessoa. “A permacultura traz para os dias de hoje técnicas que são milenares e que se apoiam em produtos que podem ser encontrados localmente”, diz Vinícius Ramos, do Balaio Orgânico, empresa selecionada por edital público do Projeto Ligue os Pontos, e contratada para a instalação da Vitrine.

Além dessas oito demonstrações, a vitrine em breve também serão também conta cominstalados um meliponário com 4 variedades de abelhas sem ferrão, e um banco de sementes para troca entre produtores locais.

Conheça as técnicas que estão em exposição:

1. Filtro caseiro
O filtro caseiro é uma técnica simples, de fácil execução, baixo custo e boa eficiência para melhorar a qualidade da água potável. Ele retira impurezas e purifica a água, utilizando areia, pedras e carvão ativado.

2. Minicisternas
As cisternas servem para captar e armazenar a água da chuva, que pode ser usada para lavar pisos, carros, irrigar as plantas e nas descargas sanitárias. Na Vitrine estão expostos dois tipos de cisternas: cisterna de tambor e cisterna de tubos de PVC.

3. Compostagem
A compostagem é uma forma de tratamento dos resíduos orgânicos vegetais, como cascas de frutas, restos de comida e de podas de jardim. Por este processo, a decomposição dos resíduos os transforma em adubo, que retorna à plantação. Estão expostas duas técnicas de compostagem: composteira de pilha e minhocário.

4. Técnicas de Saneamento
Formas simples de tratamento das águas cinzas da casa, como a água do banho, pia, e tanque, com exceção da água dos vasos sanitários, também estão expostas no parque. Caixa de gordura, jardins filtrantes de raízes e círculo de bananeiras podem ser instalados com materiais de fácil acesso, como balde, canos PVC, madeira e palha. Para p tratamento de dejetos, também estão presentes a fossa séptica e a bacia de evapotranspiração, que evitam contaminação do solo.

5. Construções sustentáveis com terra
A Escola de Agroecologia recebeu uma sala de aulas ao ar livre totalmente construída em adobe e hiperadobe, uma técnica de construção que usa terra, palha, sacos de rafia, tela de viveiro e arame farpado.

6. Reservatório de ferrocimento
É uma construção de baixo custo, durável e com alta capacidade de armazenamento. Consiste em um tanque cilíndrico para armazenamento de água, que pode ser captada diretamente da chuva, ou conduzida de uma ou mais cisternas, ou bombeada. Por ser fechado, é protegido da evaporação e das contaminações causadas por dejetos de animais ou sujeiras trazidas pelo vento.

7. Captação de água sem uso de energia elétrica
Com o uso da bomba carneiro, demonstrada no parque tanto em sua versão comercial quanto uma versão artesanal, a água superficial pode ser captada e elevada até um reservatório ou usada para irrigação.

8. Horta pedagógica agroecológica
Uma demonstração de variedades de cultivo de plantas alimentícias não convencionais (PANCs), medicinais, aromáticas e hortaliças em geral como modelo de educação ambiental e para conhecer as plantas que podem ser cultivadas tanto para a finalidade de autoconsumo bem como para fins comerciais.

Parque Nascentes do Ribeirão Colônia

Endereço: Estrada da Colonia, 2.500 – Jardim Novo Parelheiros, São Paulo – SP
Horário de funcionamento: 07h às 18h