8 documentários que nos ajudam a refletir
Instituto Akatu selecionou documentários recentes que podem mudar nossas perspectivas e ações para o futuro
Instituto Akatu selecionou documentários recentes que podem mudar nossas perspectivas e ações para o futuro
Em tempos difíceis é necessário se manter bem informado sobre os problemas que enfrentamos, mas também é muito importante conhecer possíveis caminhos e soluções para um mundo melhor. Muitos cineastas, jornalistas e pessoas com as mais diversas formações estão se aprofundando em questões fundamentais para o nosso futuro, como sustentabilidade, inclusão, nossa relação com a natureza, com outras pessoas e estilos de vida.
O Instituto Akatu fez uma seleção de 7 destes documentários e disponibilizou informações e os trailers destas produções, para que você escolha qual o melhor para os seus finais de semana, finais de dia ou até mesmo para compartilhar com amigos e familiares e promover uma reflexão sobre as mudanças que queremos para o mundo e para a gente.
É possível enxergar aspectos positivos em meio à pandemia? O documentário The Year Earth Changed, na tradução literal “O ano em que a terra mudou”, mostra que sim. O filme aborda o comportamento da natureza enquanto nós ficamos em lockdown global por algumas semanas. Com o testemunho de espectadores e registros exclusivos do mundo todo, é notável o quanto o comportamento humano pode ter um grande impacto na natureza.
“Durante este ano cheio de adversidades, muitas pessoas começaram a reavaliar a beleza e o valor da natureza e se reconfortaram muito com isso”, enfatiza o ambientalista David Attenborough. narrador da produção.
O documentário produzido pela BBC Studios Natural History Unit acaba de ser lançado na Apple TV, em comemoração ao Dia da Terra (celebrado em 22 de abril).
Evoluir para incluir! Barack Obama e Michelle Obama são produtores executivos do documentário indicado ao Oscar 2021 que aborda o acampamento Jened, fundado em 1951, em Nova Iorque. Lá, jovens com algum tipo de deficiência física ou intelectual se reuniam e tinham a liberdade de se expressarem sobre convivência social, privacidade e superproteção familiar, sem receio de julgamentos.
A experiência despertou um senso de comunidade e o documentário mostra como o local transformou a vida de um grupo de jovens que se tornaram ativistas e contribuíram com mudanças nos direitos de pessoas com deficiência e na legislação de acessibilidade. A produção cinematográfica traz a mensagem de inclusão social e compartilha histórias de líderes dos direitos civis nos Estados Unidos. “Este acampamento mudou o mundo e ninguém conhece essa história”, enfatiza o diretor James Lebrecht. Vamos conhecer a Revolução pela Inclusão?
Um relacionamento improvável, porém real. Essa é a história do documentário sul-africano Professor Polvo, vencedor do Oscar 2021. O cineasta e produtor Craig Foster retoma um antigo hábito de mergulhar e estabelece uma amizade com um polvo, registrada ao longo de um ano de mergulhos em uma floresta de algas da África do Sul. Craig destaca aspectos semelhantes entre o ser humano e o polvo, mostrando como essa conexão com a natureza o tornou mais sensível e vulnerável às pessoas ao seu redor.
Se mantermos os mesmos hábitos de hoje, o que será que nos espera no futuro? O documentário destaca a importância de instalarmos uma economia mais circular, incluindo a exploração, a produção, o consumo e o descarte do que fazemos diariamente. Filmado no Brasil e na Holanda, a produção aborda o destino do nosso planeta, levando em consideração que os níveis de consumo e descarte estão em constante crescimento.
O filme monitora a rotina de uma família holandesa, visita fábricas, entrevista designers e empreendedores, e observa como os novos processos estão revolucionando o comportamento humano em diferentes locais. Helio Mattar, diretor-presidente do Akatu, é um dos especialistas que participam do documentário: “Hoje a humanidade está consumindo 70% a mais do que a terra é capaz de renovar”, destaca.
O termo “menos é mais” faz total sentido quando nos referimos ao documentário Minimalismo Já. O filme mostra como nossas vidas podem ser melhores com menos, a partir das histórias dos protagonistas Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus. O bate-papo com pessoas que também vivem uma rotina minimalista e entrevistas com especialistas de diversas áreas reforça o quanto a vida pode ser simples e prazerosa quando focamos no essencial.
Esse é o segundo documentário da Netflix sobre minimalismo. O diretor Matt D’Avella e os produtores Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus já haviam lançado Minimalismo: um Documentário sobre Coisas Importantes, em 2016.
O documentário Ser Tão Velho Cerrado reflete o impacto social e ambiental do desmatamento descontrolado no cerrado brasileiro. Os moradores do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros buscam novas formas de contribuir com o crescimento da região sem agredir o meio ambiente. A missão é conciliar os interesses econômicos ao manejo da Área de Proteção Ambiental do Pouso Alto. A produção apresenta de maneira diversa os pontos de vista de especialistas, engenheiros ambientais e ruralistas. Contextualiza a formação do cerrado e alerta para a conservação vegetal e animal.
“As pessoas precisam valorizar mais o Cerrado e enxergá-lo além da aparência de vegetação seca. Isso dá a sensação de que ele é desprezível, sem importância. Mas ele é fundamental para a existência do ser humano na Terra. Sem ele, os outros biomas se descontrolam”, enfatiza o diretor André D’Elia.
O que há por trás da beleza e da grandiosidade do oceano? Esse documentário destaca alguns dados alarmantes e pouco conhecidos sobre o impacto das atividades humanas no mar. A produção tem o objetivo de mudar a forma como pensamos e agimos sobre aspectos como a conservação dos oceanos e o cuidado com os seres marinhos, trazendo alertas para questões como destinação do lixo e pesca predatória.
O documentarista Ali Tabrizi, apaixonado pela vida marinha, apresenta esse contexto surpreendente. Apesar do tema ser relevante, o documentário provocou algumas polêmicas: de acordo com o jornal britânico The Guardian, algumas ONGs e especialistas alertam que o documentário traz afirmações enganosas e tirou entrevistas de contexto. Mas ele não deixa dúvidas sobre a importância da preservação dos nossos oceanos e da vida marinha.
Além dos 7 documentários selecionados pelo Instituto Akatu, o CicloVivo recomenda o documentário Solo Fértil, que mostra a importância do solo no combate à crise climática e o papel da agricultura regenerativa neste caminho. Com depoimentos de ativistas, cientistas, agricultores e políticos, a produção aponta caminhos possíveis para equilibrar nosso clima, garantindo água e alimentos saudáveis para todos.