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respiração relax
Foto: iStock

A maneira como respiramos pode afetar o quão bem nossa memória é consolidada, ou seja, reforçada e estabilizada. Se respirarmos pelo nariz em vez da boca, depois de tentarmos aprender um conjunto de cheiros, nos lembraremos melhor deles, afirmam pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, no Journal of Neuroscience.

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“Nosso estudo mostra que nos lembramos melhor do cheiro quando respiramos pelo nariz quando a memória está sendo consolidada – o processo que acontece entre o aprendizado e a recuperação da memória”, diz Artin Arshamian, pesquisador do Departamento de Neurociência Clínica do Karolinska Institutet. “Esta é a primeira vez que alguém demonstrou isso”.

Para o estudo, os pesquisadores fizeram os participantes aprenderem doze odores diferentes em duas ocasiões diferentes. Em seguida, foram solicitados a respirarem pelo nariz ou pela boca por uma hora. Quando o tempo acabou, os participantes ganharam o velho e um novo conjunto de doze cheiros, e tinham que acertar quais eram da sessão anterior e quais eram novos.

Os resultados mostraram que quando os participantes respiravam pelo nariz entre o tempo de aprendizado e reconhecimento, eles se lembravam melhor dos cheiros.

Novo método facilita a medição de atividade no cérebro

“O próximo passo é medir o que realmente acontece no cérebro durante a respiração e como isso está ligado à memória”, diz o Dr. Arshamian. “Isso era antes uma impossibilidade prática, pois os eletrodos tinham que ser inseridos diretamente no cérebro. Conseguimos contornar esse problema e agora estamos desenvolvendo, com meu colega Johan Lundström, um novo meio de medir a atividade no bulbo olfatório e cérebro sem ter que inserir eletrodos”.

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Pesquisas anteriores mostraram que os receptores no bulbo olfatório detectam não apenas cheiros, mas também variações no próprio fluxo de ar. Nas diferentes fases de inalação e exalação, diferentes partes do cérebro são ativadas. Mas como acontece a sincronização da respiração e da atividade cerebral e como isso afeta o cérebro e, portanto, nosso comportamento é desconhecido. A medicina tradicional tem, no entanto, enfatizado a importância da respiração.

“A ideia de que respirar afeta nosso comportamento não é nova”, diz o Dr. Arshamian. “Na verdade, o conhecimento existe há milhares de anos em áreas como a meditação. Mas ninguém conseguiu provar cientificamente o que realmente acontece no cérebro. Agora temos ferramentas que podem revelar novos conhecimentos clínicos.”

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