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Refeições veganas integram cardápio dos Jogos Olímpicos

Opções de pratos sem carne e produtos de origem animal serão oferecidas para atletas e delegações.

Uma boa notícia para os atletas veganos que estarão no Brasil para os Jogos Olímpicos 2016, que acontecem no Rio de Janeiro de 5 a 21 de agosto: refeições vegetarianas estritas (sem nenhum produto de origem animal) farão parte do cardápio gratuito que será oferecido para atletas, delegações e imprensa ao longo do evento.

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A opção foi garantida pelo Comitê Olímpico em reunião realizada com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e outras ONG’s que participaram da iniciativa “Rio Alimentação Sustentável”, que tem como objetivo apoiar o Comitê na viabilização de refeições saudáveis e sustentáveis no evento.

A decisão do Comitê é fundamental: um levantamento realizado pela SVB aponta que 24% das refeições consumidas por atletas e visitantes nos Jogos Olímpicos de 2016 serão vegetarianas se houver oferta apropriada à esta demanda. A estimativa foi calculada somando a porcentagem de refeições vegetarianas consumidas por onívoros (17% – dados do Instituto Harris Interactive, dos EUA) e porcentual de vegetarianos visitantes dos jogos (7%), calculada a partir da proporção média de visitantes de cada país (dados do Anuário Estatístico de Turismo 2015), multiplicada pela proporção de vegetarianos dos respectivos países.

Além da alimentação dos atletas, a SVB está empenhada em garantir, junto ao Comitê Olímpico, que o público em geral também tenha alternativas vegetarianas. “Queremos garantira oferta apropriada de opções alimentares para este público, que representa uma parcela substancial da população de brasileiros e estrangeiros”, diz o secretário-executivo da SVB, Guilherme Carvalho. De acordo com o Comitê, existirão 86 pontos de venda de comida cadastrados (o número não inclui vendedores ambulantes).

“A substituição de alimentos de origem animal por alternativas vegetais tem contribuição decisiva na preservação de recursos naturais e mitigação das principais crises ambientais atuais”, diz Cynthia Schuck, coordenadora do Departamento de Meio Ambiente da SVB. Atualmente, mais de 75% das terras agrícolas do planeta são usadas para pastagem ou produção de ração. No Brasil, para cada R$ 1 milhão da receita da pecuária bovina, são gerados R$ 22 milhões de prejuízos com impactos ambientais.

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Além disso, a existência de opções veganas no cardápio estimula hábitos alimentares mais saudáveis – a literatura científica mostra que a substituição de carnes e derivados por alimentos vegetais de valor nutricional equivalente ajudam a prevenir doenças crônicas como diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer.

Logística

Ainda segundo a pesquisa da SVB, a oferta de refeições vegetarianas estritas facilitará alogística de atendimento de fornecedores, já que, além de atender pessoas que não consomem carnes e derivados, os pratos veganos também contemplam outros grupos, como: intolerantes à lactose (mais de 50% da população sul-americana); portadores de alergias alimentares (a ovos, frutos do mar, peixes e leite); Judeus (refeições vegetarianas estritas também são Kosher), Hindús (15% da população mundial) e Adventistas (mais de 2 milhões de pessoas na América do Sul).

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