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Para brasileiros, cuidados com saúde e meio ambiente andam juntos

Mais de um terço da população procura unir alimentação saudável e hábitos ambientalmente responsáveis.

pesquisa saude e meio ambiente
Para 61% dos consumidores brasileiros, sua saúde e seu bem-estar são fortemente afetados por questões ambientais. | Foto: Unleashed

A convergência entre saúde e meio ambiente foi tema de uma pesquisa envolvendo 9 países, incluindo o Brasil. Para o estudo, elaborado pela Ipsos a pedido da Tetra Pak, foram realizadas mais de mil entrevistas online em cada um dos mercados pesquisados (Brasil, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido e EUA). No Brasil, 67% das pessoas diz ter consciência sobre problemas ambientais e de saúde e 39% declara preocupação em buscar reduzir os impactos negativos nos dois aspectos.

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Para 61% dos consumidores brasileiros, sua saúde e seu bem-estar são fortemente afetados por questões ambientais. “A indústria de alimentos e bebidas é, possivelmente, a primeira a notar a convergência entre saúde e meio ambiente, com os primeiros sinais sendo notados em novas dietas e em escolhas de consumo”, explica Gisele Gurgel, diretora global de Informação de Negócios da Tetra Pak.

Segundo a pesquisa, a mudança no perfil de consumo se reflete na busca por produtos e marcas que reflitam um posicionamento ético em relação ao meio ambiente e na preferência por embalagens sustentáveis. Atualmente, alguns dos aspectos mais valorizados pelos brasileiros são: presença de ingredientes naturais no alimento ou bebida (importante para 54%); possibilidade de direcionar a embalagem para reciclagem (importante para 40%) ou reutilizá-la (importante para 37%); presença de ingredientes de origem orgânica no produto (importante para 36%); ausência de aditivos (importante para 36%).

Falando especificamente das questões ambientais, 2/3 dos consumidores brasileiros declara que se o modelo atual de consumo não mudar, o planeta caminha para um desequilíbrio ambiental.

Os resultados do estudo foram divulgados durante um debate mediado pela jornalista especializada em Saúde Cilene Pereira. Participaram do debate Gisele Gurgel, da Tetra Pak, Hélio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu que trabalha para promover o consumo consciente, e a nutricionista Márcia Daskal, criadora do conceito de nutrição amorosa.

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Para Márcia, o meio ambiente e a saúde sempre estiveram interligados e é  importante que as pessoas estejam se conscientizando desta relação – o que comemos tem impacto no nosso corpo e no planeta e hoje as pessoas estão preocupadas com estes dois aspectos.

Neste sentido, é importante ressaltar que além da escolha dos alimentos, é preciso aproveitar melhor cada um deles, uma vez que 1/3 da produção da comida no mundo é desperdiçado. “O desperdício tem um impacto ambiental enorme e precisa ser combatido. Precisamos aproveitar melhor os alimentos”, explica a nutricionista.

Barreiras para uma vida mais sustentável

O custo de produtos ambientalmente responsáveis é uma barreira para 40% das pessoas entrevistadas. Quando o assunto são produtos mais saudáveis, este percentual sobe para 60%.

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“As pessoas precisam entender que a sustentabilidade tem um preço e vamos todos pagar este preço. Seja na escolha de produtos que tenham um impacto ambiental menor, seja com o prejuízo de saúde e bem-estar gerados por um ambiente degradado”, defende Hélio Mattar. “Consumo consciente não significa necessariamente consumir menos. Precisamos mudar a maneira como a gente consome, consumir de forma diferente”.

Gisele Gurgel, da Tetra Pak, enxerga na comunicação entre empresas e consumidores um grande desafio neste cenário. “Os consumidores estão preocupados e buscando soluções para os problemas ambientais. Cabe às empresas comunicarem o que estão fazendo neste sentido”.

Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados acredita que as empresas fornecem informações que não são totalmente verídicas sobre sua preocupação ambiental e desconfia das informações contidas nas embalagens e anúncios. Outras fontes neutras seriam mais confiáveis – como selos de instituições que aprovam o produto de uma perspectiva sustentável.