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Vídeo registra caça ilegal de onças no Mato Grosso do Sul

Na última sexta-feira (6), foi divulgado um vídeo anônimo com imagens chocantes sobre a caça ilegal de onças no Mato Grosso do Sul. A denúncia investigada pela polícia federal e IBAMA suscitou a Operação Jaguar II.

Na última sexta-feira (6), foi divulgado um vídeo anônimo com imagens chocantes sobre a caça ilegal de onças no Mato Grosso do Sul. A denúncia investigada pela polícia federal e IBAMA suscitou a Operação Jaguar II.

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Os “safaris” ilegais entre caçadores brasileiros e estrangeiros foram registrados por um turita, que gravou as imagens da matança ocorrida na fazenda Santa Sophia, no município de Aquidauana, localizada a 130 quilômetros, da capital Campo Grande.

A equipe criminosa recebia de 30 a 40 mil dólares, equivalente a mais de 60 mil reais, segundo o IBAMA. O delegado considerou a informação sobre a quantia um exagero, para ele, os valores recebidos eram de aproximadamente quatro mil dólares por pessoa. Segundo o Jornal Hoje, da Rede Globo de Televisão, os turistas fechavam pacotes, que incluíam passagens aéreas, hospedagem e armamentospara caçar livremente animais silvestres. O vídeo era o chamariz para estrangeiros interessados em realizar atividades predatórias. 

Na Operação Jaguar II a PF, com a ajuda de um helicóptero do Exército e o IBAMA, apreendeu 12 galhadas de cervo, dois crânios de onça, uma mandíbula de porco monteiro, uma pele de sucuri com 3,5 metros, cinco revólveres calibre 38, uma carabina, dois fuzis, 17 caixas de munições de diversos calibres, dois alforjes (bolsas usadas durante a caça) e dois tubos de turro, que quando soprados emitem um som que atrai onças. No local também foi apreendida uma mala feita de couro de onça. Mas, o advogado, René Siufi, afirmou que são caças antigas de aproximadamente 40 anos, e que a proprietária Beatriz Diacopulos Rondon nunca permitiu caças em seu terreno.

Em relação ao armamento, Siufi defendeu que tudo está dentro da legalidade. “Todas as armas e munições que estavam na propriedade são legalizadas e possuem cadastro no Exército porque a Beatriz é uma colecionadora de armas”, explicou ele, ao ser procurado pela equipe de reportagem do telejornal. No entanto, havia uma pistola 357 de uso restrito da polícia.

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Beatriz faz parte da ONG Sodepan, fundada por proprietários rurais, ambientalistas, pesquisadores e empresários do setor turístico, e sua fazenda é considerada uma Reserva Particular Natural, que é apoiada por instituiçoes ambientais, entre elas a conhecida WWF-Brasil.

No vídeo, logo após atirarem em uma onça, a pecuarista ironiza "Uma grande fêmea e estava comendo minhas vacas aqui". Em 2002, ela recebia dinheiro de uma ONG para proteger as onças.  A polícia federal acredita que a fazenda, que é também uma pousada, seja apenas uma fachada para realizar abates clandestinos.

Na primeira operação deste tipo realizada pela PF, vários criminosos foram detidos, por estarem envolvidos na caça de animais de onças pintadas, onças pardas e jacarés, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná. O caso foi reaberto após o vídeo, que possibilitou a identificação do caçador Antônio Teodoro de Melo Neto, conhecido como Toninho da onça, envolvido na operação do ano passado.

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Segundo o IBAMA, a multa que a “ambientalista”, Beatriz, terá de pagar varia entre cinco a dez mil reais para cada peça apreendida. Ainda não se sabe quantas pessoas estão envolvidas no caso e até o momento ninguém foi preso. Com informações do G1.

Veja abaixo o vídeo que deu origem à Operação Jaguar II.

[VIDEO:caca_predatoria]

Redação CicloVivo

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