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Preservação da Baía de Guanabara

Entre novembro e dezembro, produtores rurais serão capacitados para adotarem práticas agropecuárias sustentáveis em propriedades na Bacia Guapi-Macacu, no recôncavo da Baía de Guanabara. O objetivo é garantir a segurança hídrica a partir de Soluções baseadas na Natureza, levando em conta a vocação agropecuária da bacia, a demanda crescente pela água e a relevância da área para a conservação da biodiversidade e para a prevenção de inundações.

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A região concentra o principal manancial de abastecimento público da porção leste da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que atende cerca de 2 milhões de pessoas.

Associada à falta de cobertura vegetal, a baixa disseminação de boas práticas e sistemas produtivos sustentáveis na região resultam em baixa produtividade e renda nas propriedades rurais.

A iniciativa prevê a estruturação de unidades executoras locais para a realização de atividades de mobilização, assistência técnica e capacitação de proprietários rurais para adoção de cadeias produtivas sustentáveis, como sistemas agroflorestais, silvipastoris e sistemas em transição agroecológica, de produção orgânica e de base agroecológica. Pelo menos 13 instituições estão envolvidas no projeto, como a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Embrapa.

“A cobertura florestal é extremamente importante para a regularização da água, principalmente nesta bacia, que tem sido muito impactada por eventos extremos, como a estiagem. A floresta é importante porque ela contribui para aumentar a infiltração de água no solo e, com isso, garantir que tenha maior vazão nesses períodos. Ela é fundamental para assegurar a provisão de água e amenizar os impactos das épocas com menos chuvas, além de diminuir processos de erosão e assoreamento dos rios, garantindo melhor qualidade da água”, destaca Marie Ikemoto, gerente de Gestão de Território e Informações Geoespaciais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

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Laboratório de inovação

A proposta faz parte de um conjunto de projetos desenvolvidos ao longo deste ano no laboratório de inovação Oásis Lab Baía de Guanabara, iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O laboratório reúne cerca de 100 participantes de 50 instituições, empresas, indústrias, ONGs e órgãos públicos, com o objetivo de fortalecer a segurança hídrica e a resiliência costeiro-marinha na região hidrográfica da Baía de Guanabara. Os participantes foram mapeados, engajados, capacitados e cocriaram soluções e agendas integradas com o objetivo de viabilizarem projetos inovadores desenvolvidos em conjunto.

“Sabemos que muitas pessoas e empresas dependem diretamente da Baía de Guanabara para a provisão de água, regulação climática, cadeia da pesca, produção agrícola e turismo. Neste cenário, reunimos atores públicos e privados com experiência e conhecimento em um laboratório de inovação para criar novas ferramentas para restaurar a baía torná-la uma região que aproveita o seu potencial econômico, social e de bem-estar”, afirma Thiago Valente, analista de Soluções baseadas na Natureza da Fundação Grupo Boticário.

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