A terceira fase do Programa Mananciais, aplicada na orla das Represas Billingns e Guarapiranga, em São Paulo, irá contar com investimento de R$ 2,8 bilhões. O montante será direcionado a obras de urbanização de favelas e recuperação dos mananciais.
A terceira fase do Programa Mananciais, aplicada na orla das Represas Billingns e Guarapiranga, em São Paulo, irá contar com investimento de R$ 2,8 bilhões. O montante será direcionado a obras de urbanização de favelas e recuperação dos mananciais.
O foco dos trabalhos é acabar com os problemas ocasionados pelas habitações irregulares e com a poluição presente nos mananciais, que abastecem a maior parte da população de São Paulo e região. Para tanto, o programa conta com apoio do Governo municipal, estadual e nacional, através do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento).
Para resolver o problema com as favelas e habitações irregulares, 13 mil famílias serão removidas. Inicialmente elas receberão o auxílio-aluguel e depois serão realocadas para conjuntos habitacionais a serem construídos na região.
Em declaração ao Jornal da Tarde, Ricardo Sampaio, coordenador do programa, explicou que as famílias retiradas de suas residências serão apenas aquelas que habitam uma faixa de 50 metros dos mananciais. “São domicílios onde é impossível fazer a coleta de esgoto, além de estarem em área de APP”, informou.
Entre as propostas do Programa Mananciais também está a valorização da região para o turismo ecológico, que, segundo Sampaio, tem muito potencial a ser aproveitado. Em alguns locais as transformações já são perceptíveis e a qualidade da água melhorou muito. Este é o caso do bairro Cantinho do Céu, em que a área coberta por coletores de esgoto e equipada com uma estação elevatória tem a água tratada e limpa. A poucos metros do local, a parte sem estrutura continua com água turva e odor ruim ocasionados pela falta de tratamento do esgoto que é despejado na represa.
O trabalho governamental, iniciado ainda na gestão de Luiza Erundina como prefeita de São Paulo em 1993, deve ser finalizada somente em 2016. Mesmo assim, alguns resultados expressivos já podem ser contabilizados, como a redução de 35% da quantidade de fósforo gerada pela poluição da Represa Guarapiranga. Com informações do Jornal da Tarde.
Redação CicloVivo
