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Paraíba tem dois novos projetos de conservação marinha

Os trabalhos têm como intuito monitorar os animais e ampliar as áreas protegidas no litoral paraibano.

extremo oriental das américas – paraíba

A Paraíba ganhou dois novos projetos do Programa Extremo Oriental das Américas (PEOA): o Tubarão-Lixa e o Fundo Oceânico. Os projetos possibilitarão a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção e ampliação das áreas protegidas no litoral paraibano.

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O projeto de Conservação do Tubarão-lixa (Ginglymostoma cirratum) faz o monitoramento da espécie ameaçada de extinção, na costa da Paraíba, em três naufrágios e três recifes naturais. Os animais encontrados são identificados por meio de fotografias subaquáticas e marcas naturais, o que permitirá saber por onde eles se deslocam, as áreas de descanso e alimentação, a quantidade e sexo.

Com base nesses resultados, os pesquisadores vão elaborar recomendações de preservação do tubarão-lixa, de acordo com as diretrizes do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Elasmobrânquios Marinhos (PAN­ Tubarões), coordenado pelo ICMBio.

Outro aspecto importante do projeto, que tem como responsável técnico o professor Ricardo Rosa, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é a participação de pescadores artesanais e praticantes do mergulho recreativo no processo de construção do conhecimento, incluindo-os em um programa de cidadão cientista, que objetiva a popularização da ciência.

Ecossistemas recifais

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Já o projeto Fundo Oceânico, que tem como nome oficial Caracterização de Ecossistemas Recifais Mesofóticos, promove o mapeamento desses ecossistemas de até 90 m de profundidade, pouco conhecidos pela ciência, utilizando equipamentos (sonares) de última geração, capazes de gerar imagens 3D com qualidade e realismo.

A área mapeada pelo projeto poderá superar a cem mil hectares e será útil para subsidiar a criação de unidades de conservação na costa da Paraíba. O trabalho conta com a colaboração do programa de pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica da Universidade Federal da Rio Grande do Norte (UFRN) e do programa de pós-graduação em Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Além disso, o projeto está fazendo o registro da fauna marinha por meio de um ROV (Veiculo Operado Remotamente) capaz de gerar imagens ao vivo e em alta resolução dos seres vivos e do fundo do mar em profundidades de até cem metros. Com isso, os pesquisadores esperam mapear em dois anos todas as formações recifais que estão na faixa litorânea entre Cabedelo e João Pessoa, no litoral da Paraíba.

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Do ICMBio