- Publicidade -

Nova espécie de planta rara é descoberta na Serra da Mantiqueira

Cabendo na palma da mão, espécie só se torna mais visível quando suas flores e frutos brotam

lanterna-de-fadas
Nova espécie de lanterna-de-fadas cresce entre as folhas do chão da floresta. | Foto: Edelcio Muscat

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Botânica da UFPR (Universidade Federal do Paraná), em parceria com dois herpetólogos – pesquisadores responsáveis pelo monitoramento de répteis e anfíbios – descobriram uma nova espécie de lanterna-de-fadas nomeada Thismia mantiqueirensis (Thismiaceae). A planta foi encontrada na Serra da Mantiqueira, em São Paulo, pelos herpetólogos Edelcio Muscat e Matheus de Toledo Moroti.

- Publicidade -

Inicialmente, os profissionais que realizavam o monitoramento na região acreditaram que se tratava de um fungo e postaram uma foto nas redes sociais. Foi então que o aluno de doutorado em Botânica, Mathias Erich Engels, viu a imagem e entrou em contato com os herpetólogos. Assim, novas fotografias foram feitas e uma amostra foi coletada para ser estudada, sob orientação do professor Eric de Camargo Smidt, no Laboratório de Botânica da UFPR .

De acordo com Engels, as espécies de plantas lanterna-de-fadas são muito raras. No Brasil, somente 13 são conhecidas. Segundo o pesquisador, isso acontece porque a planta é muito pequena e só se torna mais visível em algumas épocas do ano, quando suas flores e frutos brotam.

Para Engels, a descoberta enriquece os conhecimentos sobre a flora brasileira. “A descrição desta nova espécie amplia o conhecimento sobre a Mata Atlântica, que sofre com a diminuição dos ambientes naturais e que ainda não possui toda a sua flora devidamente catalogada”, diz.

A espécie recém descoberta cabe na palma da mão, não realiza fotossíntese e cresce entre as folhas do chão da floresta, nos locais mais altos e nebulosos da Serra da Mantiqueira. Para a absorção de nutrientes, a planta possui uma relação simbiótica com os fungos presentes no chão da mata, a caracterizando como mico-heterotrófica. As flores possuem morfologia singular, em forma de um pequeno abajur de cor alaranjada e azul.

- Publicidade -

Confira os estudos de análise da planta que foram publicados na revista científica Phytotaxa.

Por Universidade Federal do Paraná

- Publicidade -