Guarujá tem nova Área de Proteção Ambiental
APA Santo Amaro vai promover o uso sustentável da floresta urbana, com uma gestão compartilhada com a população local
APA Santo Amaro vai promover o uso sustentável da floresta urbana, com uma gestão compartilhada com a população local
Desde junho, o Guarujá, município do litoral sul de São Paulo, tem uma nova Área de Proteção Ambiental (APA), criada a partir de estudos realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Secretaria de Meio Ambiente do Guarujá.
A APA Santo Amaro nasceu com a ideia de promover o uso sustentável da floresta urbana local, conciliando a conservação ambiental com outros usos, por meio de uma gestão do território compartilhada com a população.
A classificação da nova área de proteção de uso sustentável, ou seja, uma área para exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.
“Entre os principais benefícios que a APA trará ao município, estão o respeito às regras de ocupação humana em áreas de risco associadas a deslizamentos nas encostas da Serra de Santo Amaro e também a proteção da biodiversidade da floresta ombrófila densa presente nos morros, das áreas de mangue e de restinga e ainda do fluxo da fauna nestes espaços naturais, criando condições de manejo adequado da vegetação natural e do entorno”, explica a pesquisadora Aline Ribeiro Machado,
A proteção dos recursos hídricos, principalmente das nascentes na Serra de Santo Amaro e do estuário na área de mangue, o potencial de criação de atrativos turísticos para o município e a geração de renda, com o incentivo do turismo e da dinamização das cadeias de valor para produtos da agricultura orgânica existente na região, também são apontados como benefícios provenientes da criação de uma unidade de conservação.
Para este projeto, o primeiro passo foi um estudo de viabilidade técnica realizado pelo IPT em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Guarujá. Em seguida, foi realizada a consulta pública para informar a população local sobre a proposta apontada no estudo, por meio de duas oficinas participativas e uma audiência pública. A terceira e última fase aconteceu no dia 30 de junho, com a expedição do decreto de criação pela prefeitura do município.