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Brasil é o país com maior descarte de lixo eletrônico da América Latina

Apenas 3% do lixo eletrônico produzido no país é coletado de maneira adequada.

lixo eletrônico
Foto: iStock

Com 1,5 mil toneladas de e-lixo jogados fora anualmente, o Brasil é o sétimo maior produtor do mundo e lidera entre os países da América Latina, de acordo com o estudo Global E-Waste Monitor (disponível em inglês aqui), realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Apenas 3% é coletado de maneira adequada, o que é preocupante, uma vez que, devido à composição química, suprimentos de informática como os cartuchos podem prejudicar o meio ambiente caso sejam descartados em lixo comum.

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Para minimizar o impacto ambiental, Rodrigo Oliveira, especialista do Distribuidor de Toner, explica como fazer a destinação correta dos resíduos, além dos investimentos do setor em novas tecnologias sustentáveis e cuidados na hora de comprar equipamento e insumos.

Fala-se muito sobre a reciclagem e o consumo de papel, mas é importante refletir também sobre os suprimentos utilizados em impressoras – aparentemente inofensivos. “O pó de toner contém carbono, polímeros e resinas que, apesar de não serem considerados tóxicos, exigem cuidados na hora de jogar fora. A queima dele pode liberar metais e, consequentemente, produzir gás metano, que pode provocar parada cardíaca e asfixia em humanos, além de potencializar o efeito estufa – e por ser altamente inflamável, é capaz de causar explosões. Já os cartuchos de jato de tinta são formados por resinas, solventes e corantes que podem contaminar o solo e lençol freático, afetando principalmente a água que consumimos, assim como a irrigação das plantações”, explica Rodrigo.

Descarte responsável

Preocupadas com essa prática, grandes marcas que atuam em território nacional adotam políticas de retorno do cartucho vazio, uma opção de descarte responsável. Seja com postos de coleta em parceria com estabelecimentos comerciais ou com agendamento prévio para retirada dos produtos, elas ainda garantem o reaproveitamento de partes recicláveis. A HP e a Lexmark, por exemplo, têm desenvolvido projetos e priorizado produtos com cerca de 20% de sua composição proveniente dessa reciclagem e, assim, também utilizam menos material.

“Outro grande avanço em relação ao meio ambiente é o investimento em impressoras mais eficientes, que poupam até 35% de energia se comparadas às mais antigas, além de tecnologias como o uso de cera que deixa bem menos resíduo após a utilização. Alguns modelos Xerox trabalham, por exemplo, com impressão totalmente feita à base desse material, denominado tinta sólida, enquanto a Samsung o utiliza para revestir o pó de toner dos suprimentos”, detalha o especialista do Distribuidor de Toner.

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Consumo consciente

A conscientização do consumidor também é importante no momento de comprar um novo equipamento. Procurar modelos com certificação de sustentabilidade, como o selo Energy Star, e avaliar o gasto de energia tanto para operação como quando em modo de espera, são algumas das recomendações.

“Aquelas com suprimentos que possuem maior capacidade de impressão também geram menos trocas e, consequentemente, reduzem o descarte. E nesse momento, o ideal é consultar o fabricante para cadastrar-se nos programas gratuitos de coleta ou encaminhar para empresas legalmente certificadas para reciclagem ou destinação apropriada”, finaliza Rodrigo.

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