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Por Pedro Garcia  e Rafaela Bonilla

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A programação brasileira na Conferência sobre as Mudanças Climáticas (COP 24) em Katowice na Polônia foi oficialmente iniciada. Muitos dos países participantes possuem nos pavilhões seus stands, nos quais pautas em nível nacional e internacional são debatidas. Além disso, são expostas avanços ambientais na área tecnológica. A delegação brasileira receberá em seu espaço, ao longo desta semana, representantes do setor privado e público, membros de movimentos sociais e também acadêmicos.

Na primeira semana os eventos serão divididos em dias temáticos.  O primeiro dia, no segundo dia da COP, na terça feira, tratou de temas mais gerais, como, por exemplo, o desmatamento ilegal na Amazônia. O Coordenador geral de fiscalização ambiental do Ibama, Renê Luiz de Oliveira, esteve presente apresentando a problemática e seu contexto, assim como o que o órgão tem feito para combater este crime ambiental. “Trazer essa discussão do desmatamento na Amazônia para a COP é muito importante, mais ainda por ser na Europa, com contato direto com outros países. Queremos demonstrar que muitos produtos que chegam aqui, com origem não observada, como a madeira, ou mesmo o ouro que veio do Brasil, muitas vezes não foram observados”, afirma.  Porta-vozes da usina hidrelétrica de Itaipu também estiveram presentes, para defender o uso da forma de geração de energia como uma opção sustentável e limpa.

A quarta-feira, dia 5 de dezembro, será preenchida por palestras relacionadas a mudanças climáticas. Serão temas o efeito dos gases de efeito estufa na agricultura, a desertificação nas zonas semi-áridas e os impactos do aquecimento global na biodiversidade marinha.

No dia 6, as pautas indígenas receberão o destaque. Entretanto, não foi apenas neste dia que foram discutidas pautas sobre as populações tradicionais. No dia 4 de dezembro, terça feira, os líderes indígenas peruanos têm se articulado com seu governo para assegurar territórios demarcados. Para as lideranças, as populações tradicionais são importantes uma vez que, segundo eles, 80% da Floresta está em territórios indígenas. Segundo eles, a forma de vida dos indígenas não afeta o meio ambiente, já que desde sempre souberam se integrar e desenvolver sem agredir a biodiversidade, ao contrário do restante da população. A líder indígena e coordenadora geral da (Coordenação das organizações indígenas da amazônia brasileira) Nara Baré estava junto dos outros índios sul americanos e comentou sobre a situação. “Nossa forma de viver não desmata, nosso desenvolvimento é diferente. Não destruímos, envolvemos o meio-ambiente como um todo”, defende.

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No final da primeira semana de Conferências, as universidades brasileiras serão convidadas para palestrar sobre suas pesquisas realizadas na área de meio ambiente, como USP, Puc- RJ e a UFMG. Com a programação realizada para estes quatro dias, negociações em paralelo com membros representantes do Brasil e de outros países estarão sendo feitas. Ainda teremos muitas surpresas e propostas pela frente até o fim da Conferência no dia 14 de dezembro, os acordos e resoluções ainda são incertos e muita coisa ainda está para rolar.