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Aumento populacional levará à falta de alimento, água e energia, diz ONU

Um relatório da ONU, divulgado na última segunda-feira (30), afirma que o mundo não terá alimento suficiente para a população futuramente, caso o crescimento continue neste ritmo. Além disso, pode faltar água e energia.

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado na última segunda-feira (30), afirma que o mundo não terá alimento suficiente para a população futuramente, caso o crescimento continue neste ritmo. Além disso, pode faltar água e energia.

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Em 2011, a população mundial foi estimada em sete bilhões. A previsão é de que este número aumente em três bilhões nos próximos 20 anos, o que significa uma demanda de recursos ainda maior.

Segundo estimativas da ONU, até 2030 o mundo precisará de pelo menos 50% a mais de alimentos, 45% a mais de energia e 30% a mais de água. Caso estas necessidades não sejam supridas, três bilhões de pessoas serão levadas à pobreza.

Em evento voltado à sustentabilidade global, a organização afirmou que o desenvolvimento sustentável praticado atualmente não é forte o suficiente e falta vontade política para que a situação melhore. "O atual modelo de desenvolvimento global é insustentável. Para alcançar a sustentabilidade, é necessária uma transformação na economia global", diz o relatório.

Caiu o número de pessoas em situação de pobreza e a economia global cresceu 75% desde 1992. Entretanto, estes fatos não foram tão impactantes quanto às mudanças no estilo de vida e, principalmente, no consumo cada vez maior.

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Hoje há mais 20 milhões de pessoas desnutridas do que em 2000; anualmente, são perdidos 5,2 milhões de hectares de floresta; 85% dos estoques de pescaria estão super-explorados ou foram esgotados; as emissões de dióxido de carbono subiram 38% entre 1990 e 2009.

Diante de tais números, a ONU fez um painel em que recomendou 56 itens para o desenvolvimento sustentável. Dentre as sugestões, está a solicitação para que os governos incorporem novas metas para complementar as oito Metas de Desenvolvimento do Milênio até 2015 e também para que novas ações sejam criadas após este período. 

O relatório afirma que organizações internacionais devem trabalhar juntas para que a produtividade seja duplicada, ao mesmo tempo em que se reduz o uso de recursos e as perdas da biodiversidade.

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Ecossistemas aquíferos e marinhos devem ser enquadrados na economia sustentável. Os fundos de pensão públicos, as agências de crédito para a exportação e bancos de desenvolvimento devem adotar critérios de desenvolvimento sustentável. Os sistemas fiscais e de crédito dos países devem fornecer incentivos em longo prazo às práticas sustentáveis e desincentivar as insustentáveis.

Outra medida será estreitar os laços entre política e ciência, estudando a ciência por trás dos limites ambientais. Ainda com previsão da ONU um conselheiro científico chefe ou um conselho deve ser nomeador para assessorar a organização. 

O documento está disponível na íntegra: http://www.un.org/gsp/. Com informações do iG.

Redação CicloVivo