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Aquário de Ubatuba resgata filhote de pinguim machucado

O animal foi visto por um pescador preso nas pedras com machucados nas patas e nas asas

Um filhote de Pinguim-de-Magalhães, da espécie Spheniscus magellanicus, foi encontrado na última segunda-feira (17), na região da Ponta Grossa, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. O animal foi visto por um pescador preso nas pedras com machucados nas patas e nas asas e foi levado para o Aquário de Ubatuba, cuja equipe deu o primeiro atendimento e encaminhou o animal ao Instituto Argonauta para receber tratamento adicional.

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“Este animal chegou bastante debilitado pesando 2.255 quilos e com alguns ferimentos causados, provavelmente, pelo atrito com as pedras, mas já está bem e passará por um processo de reabilitação com foco no aumento da temperatura corpórea, ganho de peso e hidratação para futuramente ser solto no mar”, explica Hugo Gallo, oceanógrafo e diretor-executivo do Instituto Argonauta e do Aquário de Ubatuba. 

O aparecimento de pinguins na costa brasileira nesta época do ano é bastante comum, pois todos os anos esses animais se lançam ao mar em busca de alimento a partir da costa da Patagônia, Argentina, Ilhas Malvinas e Uruguai e acabam se perdendo do grupo e param nas praias. Muitos chegam debilitados e, por isso, são resgatados pela equipe do Instituto Argonauta, uma ONG que realiza o trabalho de cooperação para salvar animais marinhos desde 1998.

Para quem encontrar um pinguim pela praia, Gallo aconselha a “mantê-lo seco em caixa de papelão envolto em uma toalha ou jornal e esperar o resgate especializado chegar”. Ao contrário do que muitos imaginam, a espécie Pinguim-de-Magalhães não é polar e não está adaptada à temperaturas mais baixas, portanto, “é extremamente importante o acondicionamento correto do animal, devendo-se banir a hipótese de colocá-lo em gelo”, afirma Hugo.

Na temporada do ano passado foram plenamente recuperados 66 pinguins que foram soltos no mar, em janeiro deste ano, em uma operação realizada pelo Instituto Argonauta com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e da Marinha do Brasil, que cedeu a embarcação Lancha Patrulha Marlim para o transporte.

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