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Placas solares são instaladas em 231 residências e comércios de Campinas

Os consumidores contemplados com os painéis solares poderão gerenciar em tempo real o consumo de energia elétrica.

A CPFL Energia, grupo privado do setor elétrico, concluiu a instalação de placas solares em 231 residências e comércios no bairro de Barão Geraldo, em Campinas (SP), finalizando a segunda etapa do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Telhados Solares. Com isso, o Grupo deu início à fase dos estudos técnicos da iniciativa, que tem por objetivo avaliar o impacto da microgeração na qualidade do serviço das distribuidoras e preparar a companhia para a expansão da geração distribuída (GD) solar no Brasil.

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Com investimento de R$ 14,8 milhões e previsto para ser concluído em março de 2018, a iniciativa possibilitará, em sua nova fase, que a companhia monitore indicadores importantes para a qualidade do fornecimento de energia para os seus clientes, como tensão, corrente e potência. Permitirá também que o Grupo tenha mais informações sobre a produtividade das placas solares e o nível de eficiência dos diversos tipos de inversores vendidos no mercado — esse equipamento, além de efetuar a conexão com a rede elétrica, tem como finalidade atuar como um sistema de proteção às placas solares e ao próprio sistema elétrico.

As placas solares terão capacidade instalada total de 850 kWp, volume suficiente para gerar 20% do consumo de energia dos 5 mil consumidores ligados no ramal. O projeto promoveu a instalação de painéis em clientes residenciais e comerciais da região. Entre os consumidores contemplados estão a Fundação Síndrome de Down, a Casa de Repouso Bom Pastor e o Núcleo de Ação Social, além de uma academia (Chris Sports) e uma padaria (Real Padaria). Exceto as entidades assistenciais, os demais clientes participantes da iniciativa bancaram, como forma de contrapartida à pesquisa, parte dos custos de aquisição e implantação dos sistemas solares.

Monitoramento da qualidade do serviço

Com a inserção de um grande número de sistemas de microgeração, a expectativa dos técnicos do projeto é de que isso provoque um aumento do nível de tensão da rede. Controlar a variação deste indicador é um dos principais desafios para uma distribuidora, tendo em vista que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelece limites regulatórios para oscilação da tensão — entre 116,8 V e 133 V, considerando o nível de tensão de 127 V para consumidores residenciais.

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Outro desdobramento do projeto é ampliação do conhecimento sobre a eficiência das diversas marcas de inversores disponíveis no mercado. Em vez de optar por comprar o modelo de apenas um único fornecedor, a companhia preferiu adquirir os equipamentos de 8 fabricantes e 29 modelos diferentes. O desempenho de cada uma das marcas será medido, e as informações coletadas servirão como referência para o desenvolvimento dos futuros projetos de geração distribuidora.

Gestão do consumo pelos clientes

Os consumidores contemplados com os painéis solares poderão gerenciar em tempo real o consumo de energia elétrica. Por meio de um site, os participantes terão acesso a informações como geração de energia e consumo, além de uma estimativa de emissões de gás carbônico (CO2) evitadas com a utilização da geração distribuída soltar.

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O monitoramento em tempo real será possível graças à instalação de sensores e de um medidor digital bidirecional, que contabiliza o volume de energia produzido pelos clientes e o excedente injetado na rede da distribuidora. Isso transforma em um crédito a favor do consumidor e é utilizado para abater o consumo de energia adquirido do sistema, reduzindo o valor da conta de luz pago à CPFL Paulista.