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Nova fábrica em SP produz papel com palha da cana-de-açúcar

Localizada em Lençóis Paulista, interior do estado de São Paulo, a fábrica transformará o insumo em matéria-prima.

Localizada em Lençóis Paulista, interior do estado de São Paulo, a FibraResist é, segundo a empresa, a primeira fábrica a empregar essa tecnologia para produzir papel a partir da palha da cana-de-açúcar, transformando a matéria-prima em uma pasta mecânica celulósica.

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A fábrica terá capacidade para produzir até 72 mil toneladas anuais de pasta mecânica celulósica – uma fibra virgem utilizada para a produção de papel – a partir da palha da cana-de-açúcar.

Resultado de seis anos de estudos, a tecnologia pioneira no mundo transforma a matéria-prima em pasta mecânica celulósica para fabricação de papéis e embalagens.

Segundo Mario Welber, relações públicas da FibraResist, o processo industrial desenvolvido pela empresa é inédito no mundo e tem como principal característica o forte apelo ambiental. “Transformamos um subproduto em matéria-prima, desenvolvendo um processo que, além de dar à palha da cana-de-açúcar uma destinação sustentável, é livre da emissão de CO² e outros gases poluentes, porque é um processo totalmente a frio, feito todo em temperatura ambiente”, explicou Welber.

O biodispersante separa a lignina (molécula que dá rigidez às células das plantas) das fibras existentes na palha. Foi criado pela própria empresa que elimina a necessidade de calor. O processo envolve um circuito fechado que evita perdas e desperdício de água, e o pouco resíduo gerado na produção pode ser reutilizado como adubo no campo, entre outras finalidades. A pasta foi avaliada e classificada pela Universidade Federal de Viçosa (MG).

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A pasta mecânica celulósica produzida pela FibraResist se diferencia da celulose comum principalmente por não ser branqueada, já que não passa pelo processo químico para o clareamento. Por este motivo, resulta em um papel um pouco mais escuro utilizado em processos de produção de embalagens e outros produtos que necessitem de fibra virgem.

De acordo com o grupo, há ganhos no processo produtivo, já que a pasta é livre de impurezas, e não oferece perdas de matéria prima em relação a outros processos já existentes no mercado. Não há custo do descarte do resíduo proveniente da reciclagem e ainda, há o ganho institucional da escolha de uma matéria prima 100% sustentável.

“O uso da pasta mecânica celulósica vai muito além do apelo da sustentabilidade. Ele traz mais produtividade e rentabilidade à indústria de papel e embalagem”, afirma José Sivaldo de Souza, da FibraResist.

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