Conheça 3 rios que já foram muito poluídos e hoje estão limpos
O CicloVivo separou exemplos de três rios pelo mundo que já foram reconhecidos pela péssima qualidade de suas águas, mas se tornaram referência em recuperação ambiental.
O CicloVivo separou exemplos de três rios pelo mundo que já foram reconhecidos pela péssima qualidade de suas águas, mas se tornaram referência em recuperação ambiental.
Diversos rios brasileiros têm sofrido as consequências da poluição. O maior exemplo disso é o rio Tietê. As águas que cortam boa parte do estado de São Paulo já foram palcos de inúmeras provas aquáticas e serviram de quintal para a criação de clubes de regata na capital paulista. Há anos, no entanto, autoridades têm elaborado projetos para despoluí-lo e devolver a vida que já existiu neste rio tão importante.
Como incentivo, o CicloVivo separou exemplos de três rios pelo mundo que já foram reconhecidos pela péssima qualidade de suas águas, mas que, após muito esforço, se tornaram referência em recuperação ambiental e esforço político.
Este é talvez o caso de despoluição mais famoso do mundo. O rio, que corta a capital britânica, sofreu intensamente com a evolução da indústria. A água deixou de ser potável em 1610. Mas, o pior aconteceu mesmo no século 18, quando os resíduos da indústria em crescimento eram despejados diretamente no rio, assim como uma grande quantidade de esgoto doméstico.
A situação era tão grave que o rio ficou conhecido como “O Grande Fedor” e foi considerado biologicamente morto. A mudança começou a acontecer em 1957, com a criação de legislações rígidas, que proibiam o lançamento do esgoto diretamente no rio. Acompanhado disso, a cidade de Londres investiu pesado em estações de tratamento. A estimativa é de que mais de cinco bilhões de reais tenham sido usadas em todo o processo. O resultado compensou. Hoje o Tâmisa possui 125 espécies de peixes, 400 de invertebrados e é palco para navegação e a prática de esportes náuticos.
A despoluição do Rio Reno foi um grande exemplo de esforço político entre países. Com 1,3 mil quilômetros de extensão, ele passa por seis países e diversas áreas industriais. Após ser considerado a “cloaca” europeia, as nações se uniram e resolveram dar um basta nessa fama e mudar a situação do Reno.
Em 1976, Suíça, Holanda, França, Bélgica, Luxemburgo e Alemanha criaram a Comissão Internacional de Proteção do Reno. Onze anos depois veio o passo decisivo e o início da operação para salvar o rio, com o Programa de Ação para o Reno. As operações custaram aproximadamente US$ 15 bilhões, obtidos através de iniciativas políticas e privadas. Vinte anos depois, o Reno é considerado oficialmente um rio limpo, com 95% de todo o esgoto que recebe sendo tratado. Além disso, suas águas acolhem 63 espécies de peixes, praticamente tudo o que vivia lá antes da poluição.
Localizado em Seul, na Coreia do Sul, o córrego urbano chegou até mesmo a ser coberto por concreto e nos anos de 1976 cerca de 5.6km de vias elevadas foram construídos acima dele. As construções permaneceram até 2003, quando urbanistas decidiram derrubá-la para revitalizar a área e ajudar Seul a se tornar uma cidade moderna e ecologicamente correta.
O projeto de restauração do Córrego Cheonggyecheon levou em torno de dois anos e custou por volta de 281 milhões de dólares, porém, foi criada uma linda área verde ao longo do centro da cidade. Hoje, além de possuir águas extremamente limpas e bem tratadas, mesmo com a urbanização ao seu redor, o córrego também é um ponto turístico, referência em beleza e uma alternativa para manter a natureza em meio ao centro urbano
Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo