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Empresa no Rio recolhe lixo orgânico nas casas e faz compostagem

O cliente recebe um balde com capacidade de 10 litros e um saco plástico biodegradável para depositar o resíduo orgânico, que é recolhido semanalmente.

Foto: UNIC Rio/Brenno Felix

Muitas vezes, a reciclagem é associada a materiais como plástico, papel, metal e vidro. No entanto, o que muitas pessoas ainda desconhecem é que o resíduo orgânico – constituído principalmente de restos de alimentos – também pode ser reciclado e transformado em adubo orgânico por meio de um processo chamado compostagem.

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Uma iniciativa de compostagem que vem conquistando moradores da cidade do Rio de Janeiro é o ‘Ciclo Orgânico’, idealizado pelo engenheiro ambiental Lucas Chiabi.

Ao perceber que muitas pessoas, assim como ele, se incomodavam com o resíduo orgânico e buscavam uma solução para dar o destino correto na hora do descarte, Lucas começou a oferecer o serviço de coleta e compostagem desse material.

“Muita gente acha que o orgânico não é reciclável porque a compostagem é pouco difundida e não é tão comum quanto a reciclagem dos outros materiais. Quando a pessoa percebe a quantidade de resíduos que ela gerou, começa a se dar conta de que resíduo era esse e de como ela consome”, conta Chiabi ao Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio). Ele acrescenta que, na cidade do Rio de Janeiro, o orgânico representa pouco mais da metade dos resíduos produzidos.

Como funciona

O cliente do Ciclo recebe um pequeno balde com capacidade de 10 litros e um saco plástico biodegradável – feito de milho e batata – para depositar o resíduo orgânico, que é recolhido semanalmente e transportado de bicicleta para o ponto onde é feita a compostagem.

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Atualmente, o processo acontece no Parque do Martelo, no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. Chiabi utiliza o local e, em contrapartida, metade do adubo fica para a associação de moradores que faz a gestão do espaço.

Reflexão

No final do mês, os usuários do Ciclo Orgânico recebem um e-mail informando a quantidade de resíduo que foi descartada, a quantidade de adubo que foi produzida e a quantidade de emissões de CO2 que foram evitadas. Isso acaba gerando uma reflexão sobre o que é consumido e um entendimento de que o resíduo orgânico tem valor e pode ser aproveitado.

“O consumo também modifica, porque agora sabendo o que é ‘compostável’ ou não, eu escolho a embalagem. Tudo que eu não reciclo vai para o lixão e a gente começa a tomar consciência disso”, diz Elizah Rodrigues, usuária do serviço de compostagem.

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Avanços do projeto

Em apenas dois anos e meio, o projeto – que envolve 650 famílias e 26 estabelecimentos comerciais e escolas – já reciclou 260 toneladas de resíduos orgânicos.

O participante tem o direito a escolher entre receber uma mudinha de tempero ou o composto orgânico. Ou, então, doar sua recompensa para hortas comunitárias na localidade como a do Parque do Martelo.

O projeto atende, por enquanto, na zona sul, Barra da Tijuca e Centro do Rio de Janeiro, mas aqueles que não moram nessas áreas podem levar seu balde até um dos postos de coleta.

Para saber mais

Acesse o site do Ciclo Orgânico clicando aqui e o Facebook clicando aqui.

Existem outras iniciativas como a do ‘Ciclo Orgânico’ espalhadas pelo Brasil, como a Re-ciclo, em Porto Alegre (RS); a Brotei, em Florianópolis (SC); e a Ecobalde, em Campo Grande (MS).

Objetivo 12

Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas é assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis – o objetivo 12 entre os 17 que precisarão ser cumpridos até o prazo máximo de 2030 por todos os 193 países da ONU. Para alcançar essa meta, um caminho a ser seguido é a diminuição da geração de resíduos por meio da prevenção, reciclagem e reuso.

As informações são da ONU Brasil.

Fotos: UNIC Rio/Brenno Felix