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Produtores rurais e índios ganham mudas nativas para recuperação ambiental

Este é mais um trabalho realizado pelo Projeto Interagir, que une agricultores e indígenas para recuperar de áreas degradas e proporcionar a segurança alimentar.

O Projeto Interagir une agricultores e indígenas para recuperar de áreas degradas e proporcionar a segurança alimentar. Dentro deste propósito a organização acaba de inaugurar mais um de seus trabalhos: um viveiro.

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Já são 45 mil mudas prontas para serem distribuídas para agricultores do Projeto de Assentamento (PA) Presidente e indígenas das etnias Tapirapé e Karajá. “As espécies foram produzidas de acordo com o interesse dos agricultores”, diz Flávia Andrade, coordenadora do Interagir. Ela conta que parte das mudas veio de fora, de viveiros especializados em culturas de qualidade, e que outra parte foi produzida pela comunidade indígena da aldeia Mãjtyri, juntamente com a Escola Tapirapé e a equipe técnica do projeto.

O próximo passo é realizar a entrega para as nove comunidades beneficiadas. São diversas espécies entre frutíferas e madeiras, nativas e exóticas, tais como laranja, limão, mexerica, castanha do Brasil, guaraná, açaí, pupunha, cacau, pequi, goiaba, cedro, manga, café, cupuaçu, mogno, dentre muitas outras. As mudas, além de ajudar na recuperação de áreas degradadas, vão servir para garantir a segurança alimentar e gerar renda para as comunidades atendidas.

Ao longo do projeto, os agricultores estão recebendo assistência técnica para o plantio e manutenção de seus Sistemas Agroflorestais (SAFs). Kurehety Karajá é indígena e mora na aldeia Mãjtyri. Ele está feliz com o início do plantio: “o projeto é importante porque vamos voltar a ter uma alimentação natural nas aldeias. A cada dia estamos comendo mais alimentação do mercado. É importante essa mudança que está vindo aí com a plantação, não é coisa que se tem todo dia não”, diz ele.

A coordenadora da Escola Estadual Indígena Tapirapé, Tamanaxowa Tapirapé, ressaltou que o envolvimento das crianças no processo de produção de mudas foi muito interessante para o enriquecimento do seu aprendizado: “Eles puderam conhecer o que se planta na roça, o que se planta semente, muda, raiz e com o plantio muitos vão conhecer o sabor dos alimentos que já não se comia mais na aldeia”, conta.

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Os indígenas estão empolgados. Xekato Tapirapé, da aldeia Mãjtyri, disse que está animado: “O projeto vai trazer também o conhecimento de plantações diferentes para nós aqui”, diz ele.

Mata Ciliar

Além das 45 mil mudas que serão distribuídas neste mês, também já estão prontas outras 45 mil. “As mudas de agora serão utilizadas para a implantação dos sistemas agroflorestais, as outras 45 mil são de espécies nativas que serão utilizadas para a recomposição da vegetação ciliar do rio Araguaia e seus afluentes dentro do município de santa Terezinha”, conta Flávia.

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