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Estudantes catarinenses criam detergente biodegradável

Pesquisa nas aulas de Iniciação Científica levou à criação de detergente e embalagem biodegradáveis

detergente biodegradável
Foto: Divulgação | Colégio Bom Jesus de Itajaí

Vitória Chiaratti e Gabriella Costa Pereira, estudantes do Colégio Bom Jesus de Itajaí, em Santa Catarina, criaram um detergente de louças biodegradável, com um impacto ambiental muito menor do que os detergentes convencionais.

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As estudantes iniciaram a pesquisa em 2019, quando estavam na 1ª série do Ensino Médio, durante as aulas de Iniciação Científica. Ao longo dos estudos, elas chegaram à conclusão de que o detergente comum usado para lavar louças possui fosfatos em excesso, o que impede a circulação de oxigênio na água e é danoso ao meio ambiente.

Por isso, decidiram pesquisar até encontrar uma fórmula eficiente e que não agredisse a natureza. Conseguiram chegar a dois produtos: um detergente em barra e uma embalagem, ambos biodegradáveis.

Foto: Divulgação | Colégio Bom Jesus de Itajaí

Após a pesquisa teórica feita em 2019, iniciaram os testes para chegar a uma mistura biodegradável que fosse capaz de limpar e não degradar o meio ambiente: uma barra de sabão de coco, açúcar, álcool e bicarbonato.

Já a embalagem, desenvolvida no ano seguinte, é feita com água, gelatina e glicerina. Um lacre com barbante e também um antifúngico foram feitos neste ano – para chegar ao antifúngico, elas testaram seis fórmulas.

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Antes de chegarem à fórmula da embalagem e do detergente com menor impacto ambiental, as meninas trilharam um longo caminho: primeiro, fizeram uma mistura de amido de milho e glicerina para a embalagem.

“Quando fazíamos as aulas de Iniciação Científica, sempre nos preocupávamos com a degradação do meio ambiente. Percebemos, então, que pequenos hábitos poderiam auxiliar na preservação.”

Gabriella Costa Pereira
Foto: Divulgação | Colégio Bom Jesus de Itajaí

Em relação ao detergente, elas iniciaram com um produto líquido composto de sabão de coco e óleo vegetal; depois, prepararam um detergente em barra com essas mesmas matérias-primas. Até que chegaram aos produtos satisfatórios: a mistura de água, gelatina e glicerina para a embalagem, e a combinação de sabão de coco e óleo vegetal para o detergente em barra.

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“Demoramos um pouco para ver resultados, fizemos vários testes, mas isso nos ensinou”, afirma. O professor de Química e de Iniciação Científica do 9.º ano do Ensino Fundamental, Francisco Novais, conta que as estudantes já estão testando novas fragrâncias para a embalagem – casca de laranja e folha de capim-cidreira estão entre as matérias-primas de teste.