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Sede do Instituto Favela da Paz está entre as construções mais sustentáveis do mundo

O edifício foi um dos 8 escolhidos pela COP26 por soluções incorporadas na construção

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Imagem: Atelier O’R

Durante a COP26, realizada no início de novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia, 8 construções foram escolhidas como as mais sustentáveis do mundo, levando-se em consideração as soluções aplicadas aos edifícios que podem ajudar o planeta a combater as mudanças climáticas. E o Brasil está representado nesta lista pela nova sede do Instituto Favela da Paz, localizado no Jardim Ângela, em São Paulo.

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Para ampliar em 5 vezes a capacidade de atendimento do Instituto e chegar a 50 mil pessoas acolhidas, o Instituto vai ganhar uma nova sede, com projeto assinado pelo Atelier O’Reilly Architecture & Partners.

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Imagem: Atelier O’R

O projeto foi apresentado na A 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Arquitetura de Veneza (La Biennale di Venezia), na Itália.

“Com novas ferramentas tecnológicas, arte, design e estratégias sustentáveis, integramos a favela na cidade de forma a reduzir a discriminação paralisante que existe ali e romper com a linha divisória que marginaliza quem está do lado da favela, para o lado da cidade”, explica a arquiteta que está à frente dessa proposta, Patrícia O’Reilly.

Entre suas principais características, estão a construção com sistemas híbridos como woodframing, metálica e concreto armado, além de mais de 43 estratégias sustentáveis bioclimáticas ativas e passivas que tem como objetivo reduzir o impacto ambiental, formar mão de obra qualificada na comunidade e promover a saudabilidade dos espaços para o seu público com a utilização de materiais com zero toxicidade.

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O Instituto foi citado junto com projetos como uma escola privada construída toda em bambu em Bali, na Indonésia, e o projeto Tecla, com casas de barro feitas via impressoras 3D a partir de argila crua inteiramente colhida na própria região de Massa Lombarda, na Itália.

Energia, água e autossuficiência

O Jardim Ângela já foi considerado pela ONU um dos lugares mais perigosos para se viver. As ações desenvolvidas pelo Instituto foram capazes de pacificar em parte esta comunidade e hoje, buscam a ampliação através da nova sede e requalificação do entorno, para apresentar-se como um modelo a ser replicado.

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Imagem: Atelier O’R

Segundo Patrícia O’Reilly, autora do projeto da nova sede do Instituto Favela da Paz, “o projeto em si e a requalificação urbana do seu entorno geram conexões, além de estabelecerem um diálogo produtivo entre a cooperação e o comportamento social e ético da comunidade”.

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Patrícia explica que as propostas de edificação e urbanização imputam, como ferramentas de transformação, ações que atendem a erradicação da pobreza com formação de mão-obra aplicadas na construção do edifício, como impulso econômico local, reduzindo a desigualdade e educando para a implantação de sistemas construtivos híbridos que permitem o acesso a uma nova forma de fazer.

Construindo oportunidades

As etapas do processo e inclusive o que será realizado após sua entrega oferecem, também, novas oportunidades de geração de renda, conexão com o espaço público, e estimulam a sensação de pertencimento do lugar de forma sustentável.

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Imagem: Atelier O’R

Pessoas, arquitetura e urbanismo se entrelaçam na estruturação de um complexo integrado que estabelece um novo paradigma diante das possibilidades de interação que a tecnologia oferece propiciando encontros virtuais que celebram e acessam uma visão de mundo expandida para a também nova realidade do planeta.

A captação de recursos para o projeto já foi lançada e serão realizadas reuniões com empresas que desejarem se engajar com benefícios fiscais e contábeis.

São necessários R$13 milhões para a realização do projeto e as empresas participantes, mais do que doadoras, serão verdadeiros agentes de transformação. Para transparência do processo, todas as doações serão auditadas por uma empresa internacional parceira.

Para saber mais sobre o projeto e a captação de recursos, clique AQUI.