- Publicidade -

16 contêineres viram coworking público sustentável em Salvador

O Colabore conta ainda com telhado verde, captação e uso de água das chuvas, painéis solares, e tratamento e reutilização de esgoto.

Entendendo que a desigualdade social é o maior desafio a ser vencido em diversas cidades brasileiras, a Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), projetou, construiu e começou a operar no dia 10 de maio o Centro Municipal de Inovação COLABORE, primeiro coworking público para microempresas, microempreendedores individuais (MEIs), startups ou pessoas que possuam soluções de impacto social para a cidade, mas que também contribuam para atingir os 17 Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

- Publicidade -

Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, o COLABORE foi criado em meio às árvores de um dos lugares mais frequentados da capital baiana: o Parque da Cidade, um espaço público onde circulam cerca de 100 mil pessoas por mês. Com um investimento de 2 milhões, a prefeitura reaproveitou 16 contêineres marítimos antigos e os distribuiu em uma área de 2.700m². O Colabore faz parte da Estratégia de Resiliência de Salvador e é mais uma entrega do eixo Cidade Sustentável, do programa de aceleração do crescimento econômico social da cidade – Salvador 360.

A proposta do local é ser um ambiente de trabalho compartilhado, favorável à criação e à interação entre a comunidade empreendedora. Os usuários do Colabore terão acesso a escritórios compartilhados, auditório e salas de reunião. Para além dos benefícios da infraestrutura oferecida, os coworkings possibilitarão a convivência com profissionais de diversas áreas, a ampliação da rede de contatos entre empresas e a economia com a redução ou eliminação dos custos de manutenção de sedes próprias.

Sustentável – Além da estrutura construída a partir de contêineres reutilizados, o Colabore conta com diversas outras iniciativas e tecnologias sustentáveis, como cobertura vegetal, aproveitamento da ventilação cruzada, sistema de captação e uso de água das chuvas, painéis solares fotovoltaicos para a geração de energia, tratamento e reutilização de esgoto, pavimento permeável, sistema inteligente de gestão da refrigeração, barreira acústica natural, além de bicicletário, para estimular a mobilidade ativa. 

O espaço tem, ao todo, oito módulos, sendo dois reservados para coworkings, com 26 estações de trabalho que permitem a realização de cursos de capacitação na área de inovação e empreendedorismo social de forma periódica, promovendo a aceleração do ecossistema de inovação de Salvador; e mais 20 estações em outros dois módulos, onde funcionará uma incubadora de negócios sociais.

- Publicidade -

ODS – O Colabore foi pensado para contribuir com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e metas da ONU até 2030, seja nas cores escolhidas para cada módulo e que fazem referência aos ODS, seja pela seleção das soluções que serão incubadas e aceleradas no espaço, que devem demonstrar inciativas que ajudarão no alcance dos objetivos.

O Colabore foi pensado para contribuir com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 | Foto: Marcelo Gandra

Acordo – O Colabore tem parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE (seção Bahia) na gestão do novo espaço, voltado para o incentivo de ações para o desenvolvimento de projetos sustentáveis e inovadores para a cidade.

Um edital será lançado para selecionar startups, microempresas, microempreendedores individuais (MEIs) e pessoas físicas que possuem ideias de projetos sustentáveis na capital baiana e desejam atuar no local. A seleção vai levar em conta o alinhamento da proposta com os ODS, que orientam as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional.

- Publicidade -
O coworking internamente | Foto: SECOM

Elementos sustentáveis presentes na estrutura do Colabore:  

Energia Solar – Há um sistema de energia solar composto por 12 painéis solares fotovoltaicos que geram em média 520 kW/mês e evitam a emissão de aproximadamente 3 toneladas de CO2 por ano.

Cobertura Vegetal – 270mde teto verde funcionam como isolante térmico nas coberturas das edificações, reduzindo em até 5°C a temperatura no interior da construção e proporcionando um maior convívio do público com o verde.

Sistema de reaproveitamento de água das chuvas – A água de chuva que cai nos contêineres é captada para irrigação do teto verde. A água de condensação do sistema de ar condicionado também é captada para esse fim.

Energia solar, cobertura verde e captação de água da chuva | Foto: Marcelo Gandra

Ventilação Cruzada – Visando a redução do consumo energético, o prédio foi projetado para aproveitar ao máximo a ventilação cruzada dos espaços. Isso permite trocas constantes do ar, renovando-o e reduzindo a temperatura interna.

Iluminação Natural – O Colabore também foi pensado para aproveitar ao máximo a iluminação natural e reduzir o consumo de energia. Para isso, espaços integrados de trabalho foram projetados, divisórias de vidro instaladas e nenhuma película foi usada nas janelas.

Bicicletário – O uso de bicicletas reduz a emissão de gases poluentes na atmosfera e melhora a saúde física e mental das pessoas. Por isso, há um local apropriado para os usuários deixarem suas bicicletas, incentivando a mobilidade ativa.

Barreira Acústica Natural – Por se localizar em uma área de preservação da Mata Atlântica, a vegetação no entorno do Colabore funciona como barreira acústica natural, ajudando no amortecimento de ruídos e na redução da temperatura interna do ambiente.

Local durante seu lançamento | Foto: SECOM

Pavimento Permeável – Existe 300 m2 de piso drenante, 100% permeável, contribuindo para a diminuição do escoamento superficial, pois permite a infiltração da água no solo.

Tratamento e Reutilização de Esgoto – Todo o efluente do prédio é tratado por meio de processos anaeróbios e aeróbios de tratamento biológico, permitindo a reutilização do efluente tratado para irrigação de áreas verdes ou em outras aplicações não potáveis.