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Comunidade usa lixo para construir escola antiterremotos na Guatemala

Garrafas PET preenchidas com resíduos de construção substituem os tijolos e duram por quase quatro décadas.

A comunidade de Santo Antonio, na Guatemala, ganhou uma escola construída apenas com materiais encontrados no lixo. Erguida pelos próprios moradores do local, a obra ecológica é resistente a terremotos, dura por mais de 35 anos e custa bem menos do que as construções convencionais. Nas salas de aula, feitas de lixo, a comunidade local participa de oficinas de arquitetura e construção com materiais reciclados.

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As paredes resistentes à ação dos terremotos são formadas por garrafas PET, preenchidas com resíduos plásticos ou de cimento, e substituem os tijolos. Assim, foi estimado que, para uma construção de 15 metros quadrados e dois cômodos, são necessárias 2.400 garrafas plásticas de meio litro devidamente preenchidas.

Para montar a estrutura da escola, também foram utilizadas placas de madeira encontradas no lixo. Antes de serem usados na estrutura, os pallets foram tratados com azeite queimado e pentanol – uma substância que ajuda a conservar a madeira por mais tempo.

Depois desta etapa, as placas de madeira foram ligadas umas às outras por meio de fios de arame, formando vãos. Nestes espaços, as garrafas PET se encaixam, dando origem às paredes – que, posteriormente, são recobertas com cimento.

 

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De acordo com os criadores da escola, o custo aproximado dos materiais de construção – incluindo as instalações de gesso, engrenagens e ferramentas – chegou a 527 dólares. Se a mesma obra fosse executada com materiais convencionais, o orçamento total ficaria três vezes mais caro.

A escola criada no país sul-americano deu origem a um manual de construções com materiais reciclados, produzidos com o apoio de uma empresa e de pesquisadores da Universidade São Carlos da Guatemala (USAC). A apostila está disponível apenas em espanhol e dá orientações para as pessoas que quiserem criar construções com os materiais encontrados no lixo.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

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