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Centro comunitário mantém frescor no deserto da Índia

Espaço aplica técnicas arquitetônicas para reduzir ganho de calor e manter conforto térmico

Published 11/04/2024
frescor Índia

Foto: Vinay Panjwani

Uma extensa região arenosa separa a Índia do Paquistão. Conhecido como deserto do Thar ou Grande Deserto Indiano, é nesta área inóspita que um centro comunitário com conforto térmico foi erguido em Nokha, um distrito do Rajastão que abrange 144 pequenas aldeias.

Com mais de mais de 450 prêmios na bagagem, a empresa de arquitetura indiana Sanjay Puri Architects inclui aplicações sustentáveis em muitos de seus trabalhos. No projeto “Centro Comunitário Nokha Village” não foi diferente.

Foto: Vinay Panjwani

Na estrutura, uma biblioteca é revestida por telas de arenito natural derivadas da arquitetura tradicional do Rajastão, com a pedra proveniente da área circundante. Essas “telas” reduzem o ganho de calor e criam diferentes padrões de sombras ao longo do dia. O espaço atende todas as escolas das aldeias da região, pois muitas não possuem bibliotecas próprias.

Foto: Vinay Panjwani

Há também um pequeno museu, que é é iluminado indiretamente por recuos esculpidos dentro dos montes do jardim da cobertura.

Foto: Vinay Panjwani

O edifício principal em espiral se torna um jardim inclinado com dois declives variados, permitindo ser utilizado para recreação e reuniões, e oferecendo vistas da paisagem desértica circundante desde o terraço. O espaço ainda forma um pátio aberto com um anfiteatro para proporcionar uma área para apresentações musicais, palestras e interação social.

Todo o lado sul é envolvido em um monte coberto de vegetação para mitigar o ganho de calor em resposta ao clima desértico, onde as temperaturas de 35 a 40°C são comuns durante 8 meses por ano.

Para facilitar a acomodação de grandes reuniões, um bloco linear com cafeteria, banheiros, depósitos e estacionamento cercam a entrada no lado norte.

Foto: Vinay Panjwani

Os jardins da cobertura, as telas de pedra, o pátio voltado para o norte e o telhado verde reduzem coletivamente o ganho de calor, tornando os espaços energeticamente eficientes. Há ainda a captação de água da chuva e a reciclagem de água.

Na construção, foram contratados artesãos locais para a mão de obra e materiais disponíveis na região. Com área construída de apenas 810 metros quadrados, as áreas abertas tornam o espaço útil quatro vezes maior do que o espaço construído. Mesmo imponente, a estrutura em formato espiral cria a sensação de parecer se fundir ao ambiente.

Foto: Vinay Panjwani
Foto: Vinay Panjwani
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