Vila cultural e ecológica é montada no jardim japonês mais bonito do mundo
Centenas de novas plantas e telhados vivos para absorver a água da chuva foram introduzidos no local.
Centenas de novas plantas e telhados vivos para absorver a água da chuva foram introduzidos no local.
A cidade norte-americana de Portland, em Oregon, tem algumas particularidades que a tornam bastante agradável e conhecida no mundo. Ela está, por exemplo, entre as cidades mais ecológicas do mundo. É lá que está o “jardim japonês mais bonito e autêntico do mundo fora do Japão”, título concedido por ninguém menos que o ex-embaixador do Japão, Nobuo Matsunaga. O lugar que já era belo agora ganhou ainda vivacidade após a construção de uma vila cultural.
A “vila” é composta por três estruturas com telhados verdes. Com ela, o jardim de 9,1 hectares foi expandido por mais 3,4 hectares. A ideia do projeto do arquiteto japonês Kengo Kuma foi imitar as cidades que cresceram em torno de templos sagrados, chamadas de Monzenmachi.
Em conjunto com o curador do jardim, Sadafumi Uchiyama, o arquiteto colocou a natureza como ponto principal enquanto as estruturas ficaram em torno de um pátio. A ideia é de uma cidade humana integrada com o verde.
Entre os três edifícios, o maior é o “Centro de aprendizado japonês de artesanato”. Ali se concentra biblioteca, galeria, loja de presentes e uma sala de aula, que fornecem um lugar para os visitantes mergulharem nas artes e na cultura japonesa tradicional. Já o segundo edifício serve como uma espécie de casa de jardim, onde são realizadas oficinas de horticultura. Já o terceiro abriga um lugar extra para relaxar, tendo uma bela vista para os visitantes apreciarem.
Kuma e Uchiyama introduziram centenas de novas plantas e telhados vivos para absorver a água da chuva. Para minimizar a pressão sobre o sistema de esgoto da cidade, um riacho de pedra canaliza o desperdício para um tanque de retenção, que é lentamente liberado para o esgoto. Toda a aldeia cultural é aquecida por 24 poços geotérmicos, instalados abaixo do solo, o que aumenta a eficiência energética e reduz os custos.
Fotos: Kengo Kuma
O novo jardim já está aberto ao público para visitação.
Redação CicloVivo