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Tóquio pode ter medalhas olímpicas feitas de lixo eletrônico

O Japão é um dos principais consumidores de equipamentos eletrônicos do mundo e cada aparelho possui metais preciosos.

Reprodução/Facebook

Os jogos olímpicos do Rio acabaram e agora foi dada oficialmente a largada para o preparo da próxima olimpíada, a ser realizada em Tóquio, em 2020. Entre os desafios dos japoneses está a missão de reduzir os impactos ambientais do evento esportivo. Para isso, um dos planos é produzir as medalhas olímpicas a parte de resíduos eletrônicos reciclados.

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A ideia surgiu a partir da preocupação ambiental, mas principalmente porque o Japão quase não produz metais preciosos. Por outro lado, a nação é uma das principais consumidoras de equipamentos eletrônicos do mundo e cada um desses aparelhos possui um pouquinho de ouro e outros metais importantes em sua composição.

O desafio

Para se ter ideia do tamanho do desafio, em Londres, por exemplo, os ingleses gastaram 9,6 kg de ouro, 1.210 kg de prata e 700 kg de cobre para fabricar as medalhas entregues aos atletas na olimpíada e paralimpíada de 2012. A quantidade de ouro é menor porque as medalhas de ouro possuem apenas 1,2% deste metal em sua composição. A base é feita, principalmente de prata. No Rio de Janeiro foram entregues 5.130 medalhas e a expectativa é de que em Tóquio o número seja ainda maior.

A proposta

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Para dar conta disso tudo, os organizadores dos jogos propuseram ao Comitê Olímpico Internacional usar os metais retirados dos resíduos eletrônicos para fabricar as medalhas. A oferta ainda não foi aceita, mas a estratégia ajudaria a resolver dois problemas de uma só vez: a falta de novos recursos e a conscientização sobre a reciclagem de eletrônicos, que ainda é baixa entre os japoneses, mesmo que eles sejam acostumados a separar e destinar adequadamente seu lixo.

Os entraves

A cada ano o Japão tem 650 mil toneladas de lixo eletrônico descartado, mas, conforme informado pela imprensa local, apenas 100 mil toneladas são recicladas. A meta dos municípios, conforme determinação do Ministério do Meio Ambiente, era recolher um quilo de pequenos eletrônicos por habitante, mas a média tem sido de apenas cem gramas.

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Outro problema é que por faltar recursos, as próprias empresas de eletrônicos reaproveitam praticamente todo o metal retirado dos eletrônicos que têm a destinação correta.

Independente do setor empresarial, as autoridades japonesas esperam conseguir a liberação para seguir adiante com o projeto como forme de mobilizar a população por esta causa e ter benefícios sentidos em longo prazo. Este seria um verdadeiro legado olímpico deixado para a história do Japão.

Redação CicloVivo