Cientistas dão dicas de como manter a poluição longe das hortas urbanas

As hortas urbanas trazem diversos benefícios às comunidades. Além de proporcionarem alimentos frescos e produzidos localmente, elas também são uma ferramenta importante para a integração social. No entanto, alguns itens merecem cuidado para que seja possível manter a poluição das grandes cidades longe das plantações.

Preocupados com os riscos que a contaminação desses alimentos poderia gerar à saúde, pesquisadores do Instituto de Saúde Urbana Johns Hopkins estudaram e analisaram amostras de hortas urbanas na cidade de Baltimore, EUA. O trabalho contou com a ajuda de 70 jardineiros da rede comunitária Greening e foi publicado na revista científica Plos One.

A primeira preocupação dos cientistas era em saber se as pessoas que plantam analisam o solo antes de iniciarem o cultivo. O resultado mostrou que esta preocupação ocorre na minoria dos casos e, muitas vezes, eles nem sabem que o local usado já sofreu com algum tipo de contaminação.

Foto: Kaz Alting/WikimediaCommons

O maior problema identificado está relacionado justamente ao solo. O contaminante mais comum foi o chumbo, consequência, principalmente, das atividades industriais. Mesmo que as análises tenham sido feitas em uma região específica, este é um problema que não se restringe à Baltimore. Diante disso, os pesquisadores deram algumas dicas de medidas que podem ser aplicadas para reduzir os níveis de poluentes presentes nos cultivos urbanos.

A primeira sugestão para evitar a produção de alimentos contaminados é o preparo do terreno. Os cientistas indicam que o solo seja preparado com terra advinda de outro local. Mesmo assim, ainda existe o risco de o canteiro ser contaminado, mas as chances são muito menores.

Os próprios jardineiros também deram alguns exemplos de ações práticas: evitar o plantio nas proximidades de ruas muito movimentadas, promover a troca do solo constantemente, evitar pisar na área de cultivo com os mesmo sapatos usados para andar na rua e sempre descascar os tubérculos antes do consumo.

Redação CicloVivo